PRF aposenta Silvinei Vasques, investigado por bloqueios ilegais em rodovias
PRF aposenta Silvinei Vasques, investigado por bloqueios ilegais em rodovias
Vasques é réu por improbidade administrativa, acusado de usar o cargo indevidamente e de pedir votos irregularmente para Bolsonaro na eleição.
Por Poliana Casemiro 23/12/2022 08h05 Atualizado há 13 minutos
A Polícia
Rodoviária Federal (PRF) concedeu aposentadoria voluntária ao ex diretor-geral,
Silvinei Vasques, investigado por usar o cargo para apoiar bloqueios ilegais
nas rodovias contra o resultado das urnas. A decisão foi publicada na edição do
Diário Oficial desta sexta-feira (23).
Vasques
havia sido exonerado do cargo de diretor-geral por Bolsonaro na terça-feira
(20) e, segundo do Diário Oficial, foi aposentado um dia depois, no dia 21. No
entanto, a publicação do ato só foi feita sexta-feira. Ele fazia parte dos
quadros da instituição desde 1995.
Silvinei se
aposenta em meio a investigações e acusações. Ele é réu por improbidade
administrativa acusado de pedir votos irregularmente para Bolsonaro antes das
eleições.
Além disso,
é investigado por causa das barreiras que a PRF montou em rodovias no segundo
turno para abordar ônibus com eleitores, descumprindo ordens do Tribunal
Superior Eleitoral (TSE), e pela suspeita de omissão diante dos bloqueios
ilegais feitos por bolsonaristas radicais que não aceitaram o resultado da
votação.
Investigações
Um dia antes
das eleições, Silvinei usou s redes sociais para pedir votos a Bolsonaro, o que
é irregular.
No dia das
eleições, no primeiro turno, contrariando a determinação do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE), a PRF montou bloqueios em rodovias para abordar ônibus com
eleitores. As ações causaram atrasos e lentidão em rodovias. À Justiça, a PRF
confirmou que o volume de abordagens no segundo turno foi mais que o dobro do
que no primeiro turno.
Silvinei também é investigado por suspeita de omissão diante dos bloqueios ilegais feitos por bolsonaristas radicais que não aceitaram o resultado da votação. Após o resultado do segundo turno, com Lula (PT) eleito, bolsonaristas radicais se aglomeraram em rodovias federais e os bloqueios perduraram e se proliferaram por todos os estados do país. A Justiça teve de pedir que a PM dos estados intervisse para retirar manifestantes das ruas e a suspeita é de que, sob o comando de Silvinei, a PRF não teria agido para impedir os bloqueios.