Estado de papa emérito Bento 16 é grave, mas continua estável, diz agência italiana
Estado de papa emérito Bento 16 é grave, mas continua estável, diz agência italiana
O papa Francisco pediu orações para seu antecessor.
Por RFI 29/12/2022 09h25 Atualizado há 26 minutos
O papa
emérito Bento 16 encontra-se em estado grave, mas estável, de acordo com a
agência de notícias italiana Ansa, nesta quinta-feira (29). O papa Francisco
pediu orações para seu antecessor.
“Seu estado
de saúde (de Bento 16) não mudou em relação a ontem”, quarta-feira (28),
indicaram fontes do Vaticano, em contato com o monastério Mater Ecclesiae,
lugar de residência do papa emérito, à agência.
Joseph
Ratzinger, seu verdadeiro nome, de 95 anos, passou a noite sob controle
constante de médicos e esse acompanhamento médico será mantido, precisou Ansa.
Contactado pela AFP, a assessoria de imprensa do Vaticano se recusou a
confirmar as informações.
O papa
Francisco gerou preocupações na quarta-feira ao anunciar que seu predecessor
estava “gravemente doente” e que ele oraria por ele. Bento 16 surpreendeu o
mundo ao renunciar de suas funções, em 2013, por razões de saúde.
“Sua saúde
piorou em três dias. Suas funções vitais estão falhando, inclusive o coração”,
precisou na quarta-feira, à AFP, uma fonte do Vaticano, acrescentando que
nenhuma hospitalização foi prevista. A residência de Bento conta com o material
médico necessário.
Na
quarta-feira, Francisco visitou Bento 16 que, em suas aparições públicas dos
últimos meses, parecia cada vez mais fragilizado, se locomovendo em cadeira de
rodas, mas continuava recebendo visitas.
No último
vídeo público em que aparece, divulgado pelo Vaticano em agosto, Bento está
magro, usando um aparelho auditivo.
O presidente
da Conferência Episcopal francesa, Éric de Moulins-Beaufort publicou no Twitter
uma mensagem de apoio a Bento 16, em nome dos católicos da França.
Escândalos
O papa
emérito, cujo pontificado de oito anos foi marcado por diversas crises, se viu
envolvido, no começo de 2022, no drama da pedocriminalidade na Igreja.
Ele foi
questionado por um relatório feito na Alemanha sobre sua gestão das violências
sexuais que aconteceram quando foi arcebispo de Munique. Bento saiu de seu
silêncio para pedir “perdão”, mas garantiu nunca ter encoberto criminosos.
Sua
renúncia, anunciada em latim em 11 de fevereiro de 2013, foi uma decisão
pessoal ligada à saúde e não à pressão dos escândalos envolvendo a Igreja
Católica, garantiu Bento 16 em um livro de confidências publicado em 2016.