China reabre fronteiras em despedida à política de Covid-zero
China reabre fronteiras em despedida à política de Covid-zero
Cerca de 2 bilhões de viagens são esperadas nesta temporada, quase o dobro do movimento do ano passado.
Por Reuters 08/01/2023 15h29 - Atualizado há 16 horas
Viajantes
chegaram à China por ar, terra e mar neste domingo (8), muitos ansiosos por tão
esperados encontros, enquanto Pequim abriu fronteiras que estavam praticamente
fechadas desde o início da pandemia de Covid-19.
Após três
anos, a China continental abriu travessias marítimas e terrestres com Hong Kong
e acabou com a exigência de quarentena para os viajantes que chegam à região,
desmantelando um eixo final da política de Covid-zero que protegeu do vírus 1,4
bilhão de pessoas na China, mas também as isolou do resto do mundo.
Longas filas
se formaram nos balcões de check-in do aeroporto internacional de Hong Kong
para voos com destino às cidades do continente, incluindo Pequim, Tianjin e
Xiamen. Os meios de comunicação de Hong Kong estimam que milhares de pessoas
faziam essa travessia.
A abertura
da fronteira segue o início do “chun yun” no sábado, o período de 40
dias das viagens do Ano Novo Lunar, que antes da pandemia era a maior migração
anual do mundo, à medida que as pessoas voltavam para suas cidades natais ou
tiravam férias com a família.
Cerca de 2
bilhões de viagens são esperadas nesta temporada, quase o dobro do movimento do
ano passado e uma recuperação para 70% dos níveis de 2019, segundo o governo.
Muitos chineses também devem começar a viajar para o exterior, uma mudança muito aguardada por pontos turísticos em países como a Tailândia e a Indonésia. Mas vários governos –preocupados com o aumento da Covid na China– estão impondo restrições aos viajantes do país.
A China
rebaixou seu gerenciamento da Covid da categoria A, que permitia às autoridades
locais colocar em quarentena pacientes e seus contatos próximos e colocar
regiões em lockdown, para a categoria B.
Mas
permanecem os temores de que a grande migração de trabalhadores urbanos para
suas cidades natais e a reabertura de fronteiras possam aumentar as infecções
em cidades menores e áreas rurais menos equipadas com leitos de terapia
intensiva e ventiladores.