Em meio a protestos no Peru, Dina Boluarte diz que governo está firme e que vandalismo será punido
Em meio a protestos no Peru, Dina Boluarte diz que governo está firme e que vandalismo será punido
Boluarte também enfatizou medidas contra serão tomadas "com todo o peso da lei" contra os responsáveis pelos atos de violência. Em Lima, um prédio histórico pegou fogo; em Arequipa, manifestantes tentaram invadir o aeroporto.
Por g1 19/01/2023 23h24 - Atualizado há 7 horas
Em meio a um violento confronto entre manifestantes e polícia no Peru, Dina Boluarte, presidente do país e alvo dos atos que começaram em dezembro do ano passado, afirmou que a situação foi controlada e que “o governo está firme e o seu gabinete mais unido do que nunca”.
“Todo o rigor da lei vai cair sobre essas pessoas que praticam vandalismo”, completou Boluarte em pronunciamento à nação nesta quinta-feira (19). Ela também fez um apelo por diálogo e calma.
“Ao povo peruano, aos que querem trabalhar em paz e aos que geram atos de protesto, digo: não me cansarei de chamá-los ao bom diálogo, dizendo-lhes que trabalhem pelo país”, disse a presidente.
Boluarte também enfatizou medidas contra serão tomadas “com todo o peso da lei” contra os responsáveis pelos atos de violência, que, nas suas palavras, não ficarão impunes.
Em Lima, capital do país, um prédio histórico pegou fogo. Em Arequipa, segunda maior cidade do país, foi registrada uma batalha campal entre as forças de ordem e mil manifestantes que tentaram invadir o aeroporto e foram repelidos com gás lacrimogêneo, segundo a imprensa local.
As autoridades confirmaram 54 mortes relacionadas à crise no país, desde o início do conflito, em dezembro. Segundo o governo, 44 pessoas morreram em protestos e 9 em incidentes ligados a bloqueios nas estradas. A outra morte foi de um policial.
O conflito
Os confrontos entre manifestantes e forças de segurança já deixaram 48 mortos no Peru. Além de pedirem a renúncia de Boluarte, os manifestantes querem mudanças políticas e também que haja responsabilização pelas mortes.
As manifestações começaram depois que o Congresso derrubou o presidente Pedro Castillo, no dia 7 de dezembro, e Boluarte assumiu. Castillo foi preso e condenado a uma pena inicial de 18 meses.
Ainda quando era presidente, ele era investigado em diversos processos. Castillo, então, tentou dissolver o Congresso. Sem apoio do exército, do Judiciário e do Legislativo, ele foi derrubado e preso horas depois.