Flórida Paulista: preso morre vítima de incêndio em colchão dentro de cela no Pavilhão Disciplinar de Penitenciária
Flórida Paulista: preso morre vítima de incêndio em colchão dentro de cela no Pavilhão Disciplinar de Penitenciária
Segundo o delegado responsável pelas investigações, Hilton Testi Renz, a suspeita é de que a morte tenha sido provocada pela inalação de fumaça preta altamente tóxica; Homem, de 33 anos, cumpria pena por tráfico de droga.
Por Carlos Volpi
Na manhã desta
sexta-feira, (20), um preso, de 33 anos, morreu em decorrência de um incêndio
em um colchão dentro da cela onde ele cumpria pena, na Penitenciária de Flórida
Paulista-SP.
Segundo o
delegado responsável pelo caso, Hilton Testi Renz, um outro preso, de 31 anos,
que estava no mesmo local, também foi vítima do incêndio, mas conseguiu
sobreviver e foi encaminhado à Santa Casa de Misericórdia de Adamantina-SP,
onde permaneceu sob cuidados médicos.
Ainda
conforme Hilton, na manhã de hoje, os policiais penais que trabalham na
penitenciária entregaram o café da manhã para os detentos do setor disciplinar
e não identificaram nenhuma anormalidade naquele local.
No entanto,
de acordo com o delegado, pouco tempo depois, começou uma gritaria entre os
presos para alertar de que havia fogo em uma das celas.
Hilton disse
ainda que os funcionários da penitenciária prestaram os primeiros socorros aos
dois detentos, que estavam sozinhos na mesma cela.
Ambos foram
encaminhados para a Santa Casa de Misericórdia de Flórida Paulista.
Segundo o
delegado, os presos estavam desacordados quando os agentes chegaram à cela para
socorrê-los.
O homem de
31 anos, que cumpre pena pelos crimes de tráfico de droga e receptação, foi
transferido em estado consciente para o hospital da cidade vizinha de
Adamantina. Segundo a Polícia Civil, ele ainda reclamava de dificuldades para
respirar.
O delegado
Hilton Testi Renz informou ao Portal Alta Paulista Já que
instaurou inquérito policial para investigar o caso e irá aguardar as
conclusões dos laudos do Instituto Médico Legal (IML) e do Instituto de
Criminalística (IC), além de ouvir os depoimentos de presos e funcionários da
penitenciária, para esclarecer o que houve no local.
Através do
laudo necroscópico feito na vítima, a Polícia Civil espera identificar a causa
da morte do detento.
Preliminarmente,
Renz disse que a suspeita é de que a morte tenha sido provocada pela inalação
da fumaça preta altamente tóxica decorrente do incêndio no colchão pela vítima,
que até tinha sinais de queimaduras pelo corpo, mas que a polícia não considera
determinantes para tirar a vida daquele homem.
Depois de recobrar a consciência, Hilton disse que o preso sobrevivente contou que, após receber o café da manhã na cela, foi tomar banho e percebeu que havia fumaça no local. Ele ainda disse aos policiais que colocou uma toalha molhada no rosto para se proteger do incêndio.
Ao todo, o
Pavilhão Disciplinar da Penitenciária de Flórida Paulista contava com sete
presos em um espaço que é destinado ao isolamento temporário de detentos
envolvidos em faltas disciplinares.
Segundo a Secretaria
de Administração Penitenciária (SAP), a unidade de Flórida Paulista possui
1.226 presos, embora tenha capacidade para abrigar 844.