Odair vê Santos em reconstrução e fala em evolução: “Não sou mágico, sou profissional do futebol”
Odair vê Santos em reconstrução e fala em evolução: "Não sou mágico, sou profissional do futebol"
Técnico do Peixe diz que time está em busca de um melhor encaixe para ter melhores resultados.
Por Redação do ge — São Paulo 22/01/2023 22h18 - Atualizado há 9 horas
O técnico
Odair Hellmann buscou destacar os pontos positivos mostrados pelo time do
Santos no empate contra o São Bernardo em 1 a 1, neste domingo, pela terceira
rodada do Campeonato Paulista.
Em
entrevista coletiva após a partida, o treinador enumerou pequenas evoluções e
disse que o time está em reconstrução. Além disso, ele explicou que ainda está
em busca de um melhor encaixe da equipe em campo.
– Foi um
jogo de primeira e segunda bola, era um jogo físico, de duelo. Se a gente
conseguisse controlar a bola, acertar mais o passe, iríamos criar mais
oportunidades. Foi isso que aconteceu no segundo tempo. Conseguimos passes,
conseguimos abrir o jogo, fizemos o gol, tivemos o pênalti, fizemos o outro
gol. São evoluções pequenas, mas temos que nos agarrar a isso porque é um
começo de trabalho.
– É uma equipe em reconstrução em uma parte mental, técnica e também em parte de resultado. As coisas não vão acontecer da noite para o dia. Eu não sou mágico, sou um profissional do futebol, um treinador de futebol. Estou tentando o mais rápido possível me adaptar às características do grupo, buscar características que se encaixem da melhor forma – afirmou.
Odair
Hellmann assumiu o comando do Santos em dezembro, depois de passagem pelo
futebol dos Emirados Árabes Unidos. O retorno ao futebol brasileiro tem
encontrado dificuldade também pela quantidade de jogos em sequência no início
da temporada.
– O Santos
está sempre aberto a buscar novas soluções para agregar qualidade, isso tudo
estamos atentos, mas não vai acontecer de uma hora para outra. Ainda tem o
agravante de que temos que fazer isso no meio do Paulista, de três em três
dias, não tenho mais tempo treinar. Eu trabalhei em uma ideia, mas quando ela
não encaixa, você não tem tempo para treinar. Aí você perde um jogador, perde
outro, visualiza uma características. Tudo isso leva tempo. A gente está em
busca de um encaixe para termos performance e resultado.
Outro fato
lamentado pelo treinador do Peixe foi a quantidade de gols sofridas pela equipe
nas três primeiras rodadas do Paulistão. Em todas elas, a equipe alvinegra saiu
perdendo, mas só conseguiu virar e vencer na estreia.
– Nós vamos
evoluir, vamos melhorar, temos situações boas, mas o encaixe coletivo tem um
tempo para acontecer. Por exemplo, saímos três vezes atrás do placar em três
jogos. Em um a gente não conseguiu reverter porque tomamos o gol com 19
segundos no segundo tempo. Hoje, buscamos de novo e não fizemos só um gol,
fizemos dois. No segundo tempo controlamos o jogo, colocamos a bola no chão
mesmo com a dificuldade do campo. Temos que corrigir isso para não tomarmos o
gol tão cedo, simplificar um pouco mais quando o jogo está nessa bola longa,
entrar mais simples.
Análise
da partida
– Viemos para buscar os três pontos, a vitória. Realmente, é o terceiro jogo que a gente sai atrás e isso faz com que a gente tenha que trabalhar dobrado, triplicado em relação a parte mental, física, tática. Ressaltar que fisicamente a equipe tem respondido muito bem, os nossos adversários têm sentido muito no segundo tempo, caindo, pedindo substituição e nós estamos conseguindo nos sobrepor ao adversário. Hoje, no primeiro tempo, tivemos mais dificuldade em ficar com a bola, isso nos gera dificuldade para ter o controle do jogo e começamos a lançar. Entramos no jogo deles, que é um jogo de bola longa. Mais uma vez saímos atrás, estamos trabalhando para que a gente consiga não sair atrás do placar, isso acaba gerando confiança ao adversário. O jogo ficou propício à busca pela bola longa. Acabei tirando o Rodrigo porque ele está voltando, não fez a pré-temporada igual a todo mundo, está voltando, pegando ritmo e fez duas faltas seguidas. Aproveitei antes do intervalo para fazer a mudança de característica e, no segundo tempo, conseguimos colocar a bola no chão e produzir situações para empatar e até mesmo virar. Fizemos o gol, foi anulado, teve um pênalti. Nesse sentido foi bom, temos muito a evoluir em muitos aspectos para cada vez nos tornarmos uma equipe sólida para que a individualidade possa aparecer.
Queda de
produção de Maicon
– Eu não
estava aqui e não vi o que aconteceu. Sei que os dois zagueiros deram uma boa
resposta, o Maicon teve uma oscilação de continuidade porque acabou se
lesionando e ficava nessa de ir e voltar. Nesse ano aconteceu uma sequência
física melhor para ele. A entrada do Messias, do Nathan, do Carabajal e de
todos que entraram é aproveitamento do grupo, que deu uma boa resposta contra o
Mirassol e hoje também deu. Eu, como treinador, preciso encontrar esses
encaixes de característica. O Maicon jogando pelo lado esquerdo é algo que
aconteceu em outros anos. Ele tem uma saída, uma construção e uma bola um
pouquinho melhor do que a do Eduardo em termos de características. Vamos usar todos,
não signifique que no próximo jogo a gente não mude porque estamos em busca
desses encaixes, dessa individualidade para que todos deem o seu melhor em prol
da equipe.
Santos
abaixo do esperado no início da temporada
– Sempre achei que a gente ia ter dificuldade por todas as circunstâncias. O trabalho é de construção, ficamos dois anos defasados tecnicamente e precisamos buscar situações novas. Chega um treinador novo, comissão nova e estamos tentando fazer. Com o tempo que tivemos tentamos trazer novidades táticas, já mudamos várias vezes dentro do próprio jogo, essa é a busca. A continuidade do trabalho, o conhecimento do meu trabalho e das características dos jogadores vai ajudar. Estamos buscando um time, vamos dar uma resposta melhor, mas é uma construção e vai levar tempo. Tenho plena confiança de que vamos conseguir, mas vamos dar um passo de cada vez, ganhando força e corpo para apresentarmos resultados e performance.