PF deflagra 4ª fase da operação Lesa Pátria contra envolvidos em atos golpistas
PF deflagra 4ª fase da operação Lesa Pátria contra envolvidos em atos golpistas
São cumpridos três mandados de prisão preventiva e 14 de busca e apreensão em cinco estados (Rondônia, Goiás, Espírito Santo, Mato Grosso e São Paulo) e no Distrito Federal.
Por Isabela Camargo e Wellington Hanna, GloboNews e TV Globo — Brasília 03/02/2023 06h56 Atualizado há 12 minutos
A Polícia
Federal deflagrou, nesta sexta-feira (3), a 4ª fase da operação Lesa Pátria
contra atos golpistas praticados em 8 de janeiro. Na ocasião, terroristas
bolsonaristas invadiram as sedes dos três Poderes, em Brasília.
São
cumpridos três mandados de prisão preventiva e 14 de busca e apreensão em cinco
estados (Rondônia, Goiás, Espírito Santo, Mato Grosso, São Paulo) e no Distrito
Federal.
Em Goiás, a
PF prendeu Lucimário Benedito Camargo, conhecido como “Mário
Furacão”. A TV Globo apurou que o suspeito foi preso em Rio Verde, cidade
a 230km de Goiânia.
“Brasileiro
só subindo a rampa, entrando cada vez mais e os soldados tacando bomba no povo,
covardes. O poder emana do povo, o povo não vai sair, o povo não vai deixar
ladrão governar o país, narcotraficante e muito menos comunista”, declarou
Lucimário em um vídeo gravado durante os atos golpistas. Veja abaixo:
Até as 8h, tinha sido cumprido também um mandado de busca e apreensão no Espírito Santo. Em São Paulo, há alvos em Hortolândia e Bebedouro.
A operação
Lesa Pátria é tratada pela PF como permanente. Na última sexta, mandados foram
cumpridos em cinco estados e no DF.
A PF afirma
que os fatos investigados na operação, em tese, constituem os crimes de:
– abolição
violenta do Estado Democrático de Direito;
– golpe de
Estado;
– dano
qualificado;
– associação
criminosa;
– incitação
ao crime;
– destruição
e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
A
qualificação dos crimes, no entanto, deve ser feita apenas ao fim das
investigações, quando os suspeitos forem denunciados formalmente à Justiça pelo
Ministério Público.
Desde os
ataques de 8 de janeiro, terroristas foram presos, foi decretada intervenção
federal no Distrito Federal, afastamento do governador do DF, Ibaneis Rocha
(MDB), a identificação de militares envolvidos nos atos e a prisão do
ex-secretário de Segurança Pública, Anderson Torres, que foi ministro da
Justiça do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A primeira
fase da operação foi deflagrada em 20 de janeiro, com oito mandados de prisão e
16 buscas e apreensões. Um dos alvos no Rio de Janeiro fugiu pela janela e, até
a última atualização desta reportagem, segue foragido.