Biden faz viagem surpresa a Kiev, na Ucrânia, e anuncia ajuda de US$ 500 milhões

Biden faz viagem surpresa a Kiev, na Ucrânia, e anuncia ajuda de US$ 500 milhões

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky disse que visita é um 'sinal extremamente importante de apoio a todos os ucranianos'.



Por g1 20/02/2023 07h01 - Atualizado há uma hora

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fez uma visita não anunciada à Ucrânia nesta segunda-feira (20), uma grande demonstração de apoio antes de completar um ano do início da invasão da Rússia.

Sirenes de ataque aéreo tocaram em toda a capital ucraniana enquanto Biden visitou Kiev, mas não houve relatos de mísseis russos ou ataques aéreos.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky disse que visita de Biden é um “sinal extremamente importante de apoio a todos os ucranianos.”

“Quando Putin lançou sua invasão há quase um ano, ele pensou que a Ucrânia era fraca e o Ocidente estava dividido. Ele pensou que poderia nos vencer. Mas ele estava completamente errado”, disse Biden no Twitter.

“No último ano, os Estados Unidos construíram uma coalizão de nações do Atlântico ao Pacífico para ajudar a defender a Ucrânia com apoio militar, econômico e humanitário sem precedentes – e esse apoio perdurará”, disse Biden.

A viagem de Biden caiu no dia em que a Ucrânia marca a morte em 2014 de mais de 100 pessoas, conhecido como Os Cem Celestiais, em protestos contra o governo que acabaram derrubando um presidente apoiado por Moscou.

Em um discurso, Biden elogiou a coragem da Ucrânia durante a guerra e observou que ele visitou Kiev seis vezes quando era vice-presidente. “Eu sabia que estaria de volta”, disse ele.

No entanto, essa é a primeira vez desde o inicio da invasão russa que Biden vai até a Ucrânia. Anteriormente, em maio, a primeira-dama dos EUA, Jill Biden, também havia feito uma viagem sem aviso prévio ao país, quando se encontrou com a primeira-dama da Ucrânia, Olena Zelenska.

Cerca de 2 horas depois de chegar, o presidente americano deixou Kiev.

 

Ajuda militar

Biden disse que Washington ficará ao lado da Ucrânia o tempo que for necessário. Os Estados Unidos têm sido, de longe, o maior fornecedor de assistência militar para ajudar a Ucrânia.

Joe Biden anunciou durante a visita que fornecerá à Ucrânia um novo pacote de ajuda militar no valor de US$ 500 milhões (mais de R$ 2,5 bilhões), que se somarão aos quase US$ 50 bilhões oferecidos anteriormente.

Segundo comunicado emitido pela Casa Branca, Biden anunciará a entrega de equipamentos, incluindo munição de artilharia, sistemas anti-blindagem e radares de vigilância aérea para as tropas ucranianas, além de anunciar mais sanções contra a Rússia e apoio militar à Ucrânia.

Biden disse que o pacote será anunciado na terça-feira e que Washington também fornecerá mais munição para sistemas de foguetes de artilharia HIMARS em posse da Ucrânia.

 

Um ano de guerra

Biden chegou à capital ucraniana um dia antes do agendado para o presidente da Rússia, Vladimir Putin, fazer um grande discurso que deve definir os objetivos para o segundo ano da invasão que ele lançou em 24 de fevereiro do ano passado.

O aniversário assumiu um significado mais do que simbólico, tornando-se o que o Ocidente vê como motivação para a fase mais mortal da guerra.

A Ucrânia está se preparando para o que espera ser uma nova grande ofensiva russa que alguns analistas militares dizem que já está em andamento.

Kiev e países ocidentais acreditam que Putin está concentrando esforços para garantir vitórias exatamente um ano depois que ele protagonizou o início do maior conflito armado da Europa desde a Segunda Guerra Mundial. 

O presidente dos EUA, Joe Biden, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, caminham ao lado da catedral de São Miguel, em meio ao ataque da Rússia à Ucrânia, em Kiev, Ucrânia, em 20 de fevereiro de 2023 — Foto: REUTERS/Gleb Garanich
O presidente dos EUA, Joe Biden, se encontra com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, durante uma viagem não programada ao país em guerra em 20 de fevereiro de 2023 — Foto: Divulgação

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