Análise: Corinthians precisará de mais foco para vencer os maiores rivais no mata-mata do Paulistão

Análise: Corinthians precisará de mais foco para vencer os maiores rivais no mata-mata do Paulistão

Timão bateu o São Paulo e ficou em empates com Palmeiras e Santos.




Por Marcelo Braga — Santos 27/02/2023 04h00 - Atualizado há 4 horas

O Corinthians fez frente aos seus três maiores rivais na primeira fase do Campeonato Paulista, que está a uma rodada de terminar. O Timão venceu o São Paulo no Morumbi por 2 a 1, empatou com o Palmeiras por 2 a 2 dentro de casa tendo seus bons momentos e vacilou no empate pelo mesmo placar com o Santos, na Vila Belmiro.

A igualdade na Baixada Santista foi como um castigo para um time que jogou o melhor futebol durante a maior parte do tempo, esteve duas vezes à frente do placar, mas entregou o empate de bandeja. Podia ter feito o terceiro. Deu, ao Santos, o segundo.

Contra o São Paulo, construiu um 2 a 0 com superioridade, cedeu um gol e não levou o 2 a 2 pelo estouro do cronômetro. Contra o Palmeiras, saiu na frente, levou a virada, mas ao menos mostrou capacidade para empatar.

 

O jogo

Sem Fagner e Rafael Ramos, Fernando Lázaro levou a campo um time parecido com os dos jogos anteriores, com Du Queiroz formando a linha de quatro pela direita. Depois do ímpeto inicial do Santos, o Corinthians colocou a bola no chão, fez combinações com Renato Augusto e Giuliano e abriu o placar.

O 1 a 0 foi cercado de polêmica, já que Yuri Alberto teve de fazer dois gols para valer um. No primeiro, a árbitro Edina Alves marcou impedimento no início da jogada após analisar no VAR. No segundo, em bola parada, Gil ajeitou, e o camisa 9 acabou com o seu jejum de gols que já durava seis partidas. Superior, o Corinthians foi criando chances, mas vacilou e viu o Peixe empatar num chute desviado.

Foi um jogo desgastante, num domingo muito quente e seco em Santos. O Timão, mais técnico, tentava botar a bola no chão e encontrar espaços, controlando o cansaço.

Sem mudanças, o Corinthians não voltou bem na segunda etapa, mas conseguiu o segundo gol em outra bola parada, num escanteio que Gil desviou, e Róger Guedes marcou com categoria. Uma vitória que se desenhava fácil, já que outras chances surgiriam em contra-ataques nos minutos finais.

Lázaro mexeu no time, colocou em campo Fausto, Giovane, Paulinho, Maycon e Balbuena e deu fôlego ao time. Só que um erro de Giovane, que meteu bola na fogueira para Maycon, foi decisivo: pênalti bobo que o camisa 7 fez em Mendoza. Empate do Santos, e ducha de água fria no Timão. O rival ainda acertou o travessão em cobrança de falta.

A uma rodada do mata-mata, em fase que deve pegar um adversário fraco (São Bento, Ituano ou Ferroviária), o Corinthians parece ser um time em bom estágio, com ideias consolidadas, estilo de jogo de combinações. É impossível não pensar no Timão na semifinal.

A partir daí, será desafio grande. Após 11 jogos, o Corinthians mostrou na primeira fase do Paulista que tem capacidade para enfrentar seus rivais e, em alguns momentos, ser melhor do que eles.

Para eliminá-los, porém, será preciso mais. Mais foco, letalidade e poder de definição.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *