Aneel mantém bandeira tarifária verde para março
Aneel mantém bandeira tarifária verde para março
Contas de luz estão sem cobrança extra desde abril de 2022.
Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil - Brasília
O consumidor
não pagará taxa extra sobre a conta de luz em março. A Agência Nacional de
Energia Elétrica (Aneel) manteve a bandeira verde para o próximo mês para todos
os consumidores conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN).
A conta de
luz está sem essas taxas desde o fim da bandeira de escassez hídrica, que durou
de setembro de 2021 até meados de abril de 2022. Segundo a Aneel, na ocasião a
bandeira verde foi escolhida devido às condições favoráveis de geração de
energia, com os reservatórios das usinas hidrelétricas em níveis satisfatórios.
Caso
houvesse a instituição das outras bandeiras, a conta de luz refletiria o
reajuste de até 64% das bandeiras tarifárias aprovado em junho de 2022 pela
Aneel. Segundo a agência, os aumentos refletiram a inflação e o maior custo das
usinas termelétricas neste ano, decorrente do encarecimento do petróleo e do
gás natural nos últimos meses.
Bandeiras
Criadas em
2015 pela Aneel, as bandeiras tarifárias refletem os custos variáveis da
geração de energia elétrica. Divididas em níveis, as bandeiras indicam quanto
está custando para o SIN gerar a energia usada nas casas, em estabelecimentos
comerciais e nas indústrias.
Quando a
conta de luz é calculada pela bandeira verde, não há nenhum acréscimo. Quando
são aplicadas as bandeiras vermelha ou amarela, a conta sofre acréscimos, que
variam de R$ 2,989 (bandeira amarela) a R$ 9,795 (bandeira vermelha patamar 2)
a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Quando a bandeira de escassez
hídrica vigorou de setembro de 2021 a 15 de abril de 2022, o consumidor pagava
R$ 14,20 extras a cada 100 kWh.
O Sistema Interligado Nacional é dividido em quatro subsistemas: Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte. Praticamente todo o país é coberto pelo SIN. A exceção são algumas partes de estados da Região Norte e de Mato Grosso, além de todo o estado de Roraima.
Atualmente,
há 212 localidades isoladas do SIN, nas quais o consumo é baixo e representa
menos de 1% da carga total do país. A demanda por energia nessas regiões é
suprida, principalmente, por térmicas a óleo diesel.
Edição:
Fernando Fraga