Secretário dos EUA visita Iraque 20 anos após queda de Sadam Hussein e defente permanência de tropas
Secretário dos EUA visita Iraque 20 anos após queda de Sadam Hussein e defente permanência de tropas
Secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, fez viagem surpresa a Bagdá e disse que Washington quer seguir com presença militar no país - atualmente, 2.500 soldados dos EUA auxiliam tropas locais no combate ao Estado Islâmico.
Por g1 07/03/2023 07h06 - Atualizado há uma hora
Vinte anos
após da invasão norte-americana ao Iraque, que terminou na queda e morte de
Sadam Hussein, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, fez uma
visita não anunciada a Bagdá nesta terça-feira (7).
Esta é a
primeira vez que um membro do alto escalão do governo norte-americano vai ao
Iraque nas duas últimas décadas. Na visita, Austin defendeu a permanência de
tropas dos Estados Unidos em território iraquiano – atualmente, os EUA têm
2.500 soldados no Iraque, que apoiam tropas locais no combate ao Estado
Islâmico.
“As
forças dos EUA estão prontas para permanecer no Iraque a convite do governo do
Iraque”, disse Austin, após se encontrar com o primeiro-ministro iraquiano
Mohammed al-Sudani.”Os Estados Unidos continuarão a fortalecer e ampliar
nossa parceria em apoio à segurança, estabilidade e soberania do Iraque”,
disse ele.
Austin foi saudado no pouso em Bagdá pelo major-general Matthew McFarlane, comandante dos EUA no Iraque. Espera-se que o secretário de Defesa se encontre com altos funcionários durante sua visita ao Iraque, que abriga centenas de soldados americanos que ajudam na luta contra o grupo militante Estado Islâmico.
Desde a
invasão liderada pelos EUA em 2003, que removeu do poder o ditador de longa
data Saddam, o Iraque tem sido um ponto de atrito entre os Estados Unidos e o
Irã. Teerã expandiu amplamente sua influência no Iraque nos últimos 20 anos.
Apesar da
derrota no Iraque em 2017, os militantes do Estado Islâmico e suas células
adormecidas ainda realizam ataques no Iraque e também na Síria. O Estado
Islâmico matou e feriu dezenas de soldados iraquianos nos últimos meses.
Os Estados
Unidos têm instado países ao redor do mundo a repatriar seus cidadãos do campo
de al-Hol, no nordeste da Síria, que abriga dezenas de milhares de pessoas,
principalmente mulheres e crianças ligadas ao EI. A grande maioria deles são
iraquianos e sírios.
O Iraque
repatriou mais de 500 mulheres e crianças de al-Hol nas últimas semanas.