Dracena registra mais de 900 casos positivos de dengue
Dracena registra mais de 900 casos positivos de dengue
Segundo a Vigilância Epidemiológica, o boletim desta quarta-feira, (15), contabiliza 928 casos positivos e 2.116 suspeitos.
Por Ass.Imp/Pref.de.Dracena
A Vigilância
Epidemiológica de Dracena trabalha no combate ao mosquito Aedes aegypti de
segunda a sábado. Conforme a diretora de Vigilância Epidemiológica Paula
Fernandes, até esta quarta-feira, (15), o número de pessoas infectadas com a
dengue na cidade chegou a 928 desde o mês de janeiro e os casos suspeitos é de 2.116
(ainda sem o resultado do exame).
Os agentes
percorrem toda a cidade trabalhando na prevenção das doenças transmitidas pelo
mosquito Aedes (dengue, febre amarela, zika, chikungunya). Paula informou que
as ações, com visitas de bloqueio contra criadouros do mosquito estão sendo
realizadas de segunda a sábado, na eliminação de criadouros, áreas verdes e
terrenos. “Os casos onde há criadouros estão sendo encaminhado para os setores
responsáveis, entramos em contato com os proprietários para sanar o problema.
Estamos com carro de som passando pela cidade no período da noite alertando a
população em relação aos cuidados com os imóveis. Casas fechadas e desabitadas
estão sendo visitas conforme a demanda”, explicou Paula.
A Vigilância
também promove trabalho de orientação junto aos alunos de todas as escolas da
cidade. Para alertar a população sobre a dengue, a Prefeitura tem feito desde o
início do ano, campanhas publicitárias tanto nas rádios quanto em jornal e
redes sociais alertando sobre a doença.
Em caso de
suspeita de dengue basta procurar uma unidade de saúde mais próxima.
Dengue
A dengue é a
arbovirose urbana mais prevalente nas Américas, principalmente no Brasil. É uma
doença febril que tem se mostrado de grande importância em saúde pública nos
últimos anos. O vírus dengue (DENV) é um arbovírus transmitido pela picada da
fêmea do mosquito Aedes aegypti e possui quatro sorotipos diferentes (DENV-1,
DENV-2, DENV-3 e DENV-4). O período do ano com maior transmissão da doença
ocorre nos meses mais chuvosos de cada região, geralmente de novembro a maio. O
acúmulo de água parada contribui para a proliferação do mosquito e,
consequentemente, maior disseminação da doença. É importante evitar água
parada, todos os dias, porque os ovos do mosquito podem sobreviver por um ano
no ambiente.
Todas as
faixas etárias são igualmente suscetíveis à doença, porém as pessoas mais
velhas e aquelas que possuem doenças crônicas, como diabetes e hipertensão
arterial, têm maior risco de evoluir para casos graves e outras complicações
que podem levar à morte.
Sintomas
Os
principais sintomas da dengue são:
Febre alta
> 38°C;
Dor no corpo
e articulações;
Dor atrás
dos olhos;
Mal estar;
Falta de
apetite;
Dor de
cabeça;
Manchas
vermelhas no corpo.
No entanto,
a infecção por dengue pode ser assintomática (sem sintomas), apresentar quadro
leve, sinais de alarme e de gravidade. Normalmente, a primeira manifestação da
dengue é a febre alta (>38°C), de início abrupto, que geralmente dura de 2 a
7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, além de
prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, e manchas vermelhas na pele.
Também podem
acontecer erupções e coceira na pele. Os sinais de alarme são assim chamados
por sinalizarem o extravasamento de plasma e/ou hemorragias que podem levar o
paciente a choque grave e óbito. A forma grave da doença inclui dor abdominal
intensa e contínua, náuseas, vômitos persistentes e sangramento de mucosas.
Sinais de
alarme
Os sinais de
alarme são caracterizados principalmente por:
Dor
abdominal intensa (referida ou à palpação) e contínua;
Vômitos
persistentes;
Acúmulo de
líquidos (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico);
Hipotensão
postural e/ou lipotímia;
Letargia
e/ou irritabilidade;
Hepatomegalia
maior do que 2cm abaixo do rebordo costal;
Sangramento
de mucosa;
Aumento
progressivo do hematócrito.
A fase
crítica tem início com o declínio da febre (período de defervescência), entre o
3° e o 7° dia do início de sintomas. Os sinais de alarme, quando presentes,
ocorrem nessa fase. A maioria deles é resultante do aumento da permeabilidade
capilar. Essa condição marca o início da piora clínica do paciente e sua
possível evolução para o choque, por extravasamento plasmático. Sem a
identificação e o correto manejo nessa fase, alguns pacientes podem evoluir
para as formas graves.
Os casos
graves de dengue são caracterizados por sangramento, disfunções de órgãos ou
extravasamento de plasma. O choque ocorre quando um volume crítico de plasma é
perdido pelo extravasamento. Ocorre habitualmente entre o 4º e o 5º dia – no
intervalo de 3 a 7 dias de doença –, sendo geralmente precedido por sinais de alarme.
Mulheres grávidas, crianças e pessoas mais velhas (acima de 60 anos) têm
maiores riscos de desenvolver complicações pela doença. Os riscos aumentam
quando o indivíduo tem alguma doença crônica, como asma brônquica, diabetes
mellitus, anemia falciforme, hipertensão, além de infecções prévias por outros
sorotipos.
Fique
atento aos sinais e sintomas da dengue!
Ao
apresentar os sintomas, é importante procurar um serviço de saúde para
diagnóstico e tratamento adequados, todos oferecidos de forma integral e
gratuita por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). (Fonte: Ministério da Saúde).