Dilma é confirmada como nova presidente do banco do Brics; mandato vai até julho de 2025
Dilma é confirmada como nova presidente do banco do Brics; mandato vai até julho de 2025
Ex-presidente da República foi indicada pelo governo Lula para comandar banco que financia projetos nos países do grupo. Sede da instituição fica em Xangai, na China.
Por Filipe Matoso e Wesley Bischoff, g1 — Brasília e São Paulo 24/03/2023 10h24 - Atualizado há 21 minutos
A
ex-presidente Dilma Rousseff foi oficializada no comando do Novo Banco de
Desenvolvimento, também conhecido como “banco do Brics”, nesta
sexta-feira (24). Dilma foi indicada pelo governo Lula ao cargo.
O mandato de
Dilma como presidente do banco do Brics vai até julho de 2025. Cabia ao Brasil
indicar uma nova chefe para o banco.
O nome de
Dilma foi aprovado por um comitê da instituição após a ex-presidente passar por
uma espécie de sabatina com ministros da Economia dos outros países membros do
bloco – África do Sul, China, Índia e Rússia.
O antecessor
de Dilma no cargo era o também brasileiro Marcos Troyjo. Ele é diplomata e foi
indicado à presidência do banco do Brics, em 2020, por Jair Bolsonaro.
A sede do
NDB fica em Xangai, na China. Dilma deve viajar para o país junto de Lula nos
próximos dias.
O banco do
Brics é responsável pelo financiamento de projetos de infraestrutura e
desenvolvimento sustentável dos países que fazem parte da instituição.
Perfil
Nascida em
Belo Horizonte (MG), Dilma Rousseff está com 75 anos e é formada em economia.
Durante a
ditadura militar, integrou organizações de esquerda clandestinas, foi presa e
torturada.
No Rio
Grande do Sul, ajudou a fundar o Partido Democrático Trabalhista (PDT).
Filiou-se ao PT em 2001.
Nos governos
Lula, foi ministra de Minas e Energia e chefe da Casa Civil. Nesta função,
assumiu a gerência do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), um dos
carros-chefe do governo. Foi apelidada por Lula de “mãe do PAC”.
Em 2010, foi
eleita presidente e, em 2014, foi reeleita. Em 2016, foi alvo de processo de
impeachment e teve o mandato cassado. Em 2018, disputou uma vaga no Senado por
Minas Gerais, mas não se elegeu.