Ibovespa inverte sinal e sobe nesta terça-feira, de volta aos 100 mil pontos
Ibovespa inverte sinal e sobe nesta terça-feira, de volta aos 100 mil pontos
Navéspera, o principal índice do mercado de ações brasileiro subiu 0,85%, aos 99.670 pontos.
Por g1 28/03/2023 10h14 - Atualizado há 5 minutos
O Ibovespa,
principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, opera em alta nesta
terça-feira (28).
Às 10h30, o
índice subia 0,59%, aos 100.316 pontos. Veja mais cotações.
Na véspera,
o índice teve alta de 0,85%, aos 99.670 pontos. Com o resultado, o Ibovespa
passou a acumular perdas de 5,01% no mês e de 9,17% no ano.
O que
está mexendo com os mercados?
Na agenda
interna, há dois destaques: a possível divulgação do novo arcabouço fiscal
brasileiro, agora que a viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China
foi adiada, e a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que
decidiu manter a taxa básica de juros do país em 13,75% ao ano.
A ata do
Copom saiu por volta das 8h. O comitê diz que um “arcabouço” fiscal
“sólido e crível” pode levar a um processo de queda da inflação
“mais benigno” ao reduzir as expectativas de alta dos preços, de
incerteza na economia e dos prêmios de risco de ativos (entre eles, a taxa de
juros e o câmbio).
“O
Copom enfatizou que não há relação mecânica entre a convergência de inflação e
a apresentação do arcabouço fiscal, uma vez que a primeira segue condicional à
reação das expectativas de inflação, às projeções da dívida pública e aos
preços de ativos”, acrescentou o BC.
Entenda
os recados do Banco Central sobre o futuro da Selic
A área
econômica do governo já finalizou o chamado “arcabouço fiscal”, que
são novas regras para as contas públicas em substituição ao atual teto de
gastos como parâmetro para o controle dos gastos — uma “âncora
fiscal”, no jargão da economia. O governo já informou que vai enviar a
proposta ao Congresso Nacional até o dia 15 de abril.
A ideia é de
se criar um mecanismo que permita ao governo fazer investimentos e despesas
orçamentárias em saúde e educação, por exemplo, os chamados gastos sociais, sem
gerar descontrole nas contas públicas.
Apesar de
ainda não haver informações sobre qual será o desenho da nova regra fiscal,
especialistas consultados pelo g1 são unânimes em dizer que o novo arcabouço é
necessário para que o governo consiga melhorar ao longo do tempo o resultado
das suas contas públicas e também para estabilizar o endividamento público.
No exterior,
o mercado ainda dá alguma atenção à questão bancária. A oferta do First
Citizens BancShares Inc de comprar o Silicon Valley (SVB) trouxe alguma
calmaria ao setor e afastou suspeitas de que o Federal Reserve tenha problemas
para contornar a crise de crédito nos EUA.
“A possibilidade de continuidade do ciclo de aperto monetário nas economias desenvolvidas voltou a depender, no curto prazo, dos indicadores econômicos e do rumo da inflação, ainda que o problema bancário seja algo totalmente presente no bloco europeu”, diz relatório da Infinity Asset.