Dólar passa a subir, com dados fortes de emprego nos EUA
Dólar passa a subir, com dados fortes de emprego nos EUA
Na quinta-feira, a moeda norte-americana subiu 0,17%, cotada a R$ 5,0576.
Por g1 10/04/2023 09h07 - Atualizado há um minuto
O dólar
opera em alta nesta segunda-feira (10), depois da perspectiva de alta dos juros
nos Estados Unidos, com novos dados fortes de emprego no país.
Às 9h30, a
moeda norte-americana avançava 0,27%, cotada a R$ 5,0714. Veja mais cotações.
Na
quinta-feira, o dólar teve queda de 0,17%, cotada a R$ 5,0576. Com o resultado,
o dólar passou a acumular perdas de 0,23% no mês e de 4,18% no ano.
O que
está mexendo com os mercados?
A economia
dos Estados Unidos continuou a gerar empregos em ritmo acelerado em março,
reduzindo a taxa de desemprego para 3,5%, de 3,6% em fevereiro, indicou o
relatório de emprego norte-americano (também conhecido como payroll), na
sexta-feira (7).
Economistas
consultados pela Reuters previam um aumento de 239 mil vagas. As estimativas
variaram de 150.000 a 342.000. A economia precisa criar cerca de 100.000
empregos por mês para acompanhar o crescimento da população em idade ativa.
Os dados aumentam as chances de o Fed elevar os juros do país mais uma vez no próximo mês. “Não apenas a inflação alta e um mercado de trabalho ainda forte devem manter os cortes (de juros) improváveis, mas também vemos uma inflação persistentemente muito forte… levando a novos aumentos”, disse o Citi.
No Brasil, o
boletim Focus desta semana mostra que os economistas do mercado financeiro
elevaram estimativa de inflação deste ano de 5,96% para 5,98%. Foi a segunda
alta seguida no indicador. Para 2024, a projeção de inflação do mercado
financeiro subiu de 4,13% para 4,14% na semana passada.
Para o
crescimento Produto Interno Bruto (PIB) de 2023, a expectativa do mercado
financeiro avançou de 0,9% para 0,91% na última semana. Já para 2024, a
previsão de crescimento recuou de 1,48% para 1,44%.
Por fim, o
governo de Luiz Inácio Lula da Silva completa 100 dias nesta segunda-feira.
Economistas e cientistas políticos ouvidos pelo g1 destacam que a economia teve
altos e baixos no início do terceiro mandato do petista.
Por um lado, o petista acumulou vitórias importantes, como a retomada de programas sociais que marcaram sua passagem anterior pela Presidência. Por outro, algumas “caneladas” criaram ainda mais desconfiança sobre os planos do governo para afastar de vez a crise que tomou conta da economia durante a pandemia de Covid. Leia aqui a reportagem especial.