Anfavea: produção de veículos tem alta forte em março, mas ainda abaixo do patamar pré-pandemia
Anfavea: produção de veículos tem alta forte em março, mas ainda abaixo do patamar pré-pandemia
Produção do mês passado saltou 37,3% na comparação com fevereiro; apesar dos números positivos de março, a produção acumulada no primeiro trimestre ainda está cerca de 50 mil unidades abaixo dos níveis pré-pandemia.
Por Reuters 10/04/2023 10h17 - Atualizado há 4 minutos
As
montadoras de veículos instaladas no Brasil tiveram forte crescimento de vendas
e produção em março ante fevereiro e também na comparação anual, segundo dados
divulgados nesta segunda-feira (10) pela associação que representa o setor, a
Anfavea, que citou desempenho puxado por locadoras enquanto o varejo segue
reprimido.
Enquanto a
produção do mês passado saltou 37,3% na comparação com fevereiro, as vendas
avançaram 53,1%, na mesma relação, para cerca de 222 mil e 199 mil unidades,
respectivamente. Ante março de 2022, a produção cresceu 20% e os emplacamentos
avançaram 35,5%.
No acumulado
do primeiro trimestre, a indústria produziu 536 mil carros, comerciais leves,
caminhões e ônibus, um crescimento de 8% sobre os três primeiros meses de 2022.
Já os licenciamentos subiram 16,3%, para 471,8 mil veículos.
Os dados foram divulgados em um momento em que algumas montadoras no país fazem ajustes de produção, citando entre os fatores demanda fraca e problemas com oferta de componentes. Na semana passada, por exemplo, a fábrica de chassis de ônibus e caminhões da Mercedes-Benz em São Bernardo do Campo (SP) anunciou que irá reduzir de dois para um os turnos de produção a partir de maio.
Segundo a
Anfavea, apesar dos números positivos de março, a produção acumulada no
primeiro trimestre ainda está cerca de 50 mil unidades abaixo dos níveis
pré-pandemia.
“A
fotografia do momento seria pior se não fossem as boas vendas para locadoras em
março, 28% do total. Essas empresas ainda têm uma considerável demanda
reprimida”, afirmou em comunicado à imprensa o presidente da Anfavea,
Márcio de Lima Leite.
O executivo
afirmou que nos três primeiros meses de 2023 o setor acumulou oito paralisações
de fábrica e dois cancelamentos de turno, “algo semelhante às paradas
verificadas no início de 2022”. Foi o pior trimestre desde 2004.
“A diferença é que no ano passado o motivo era somente a falta de componentes, enquanto agora já há outros fatores provocando férias coletivas, como o resfriamento da demanda”, comentou.