Dólar oscila nesta quarta-feira, com dados econômicos e CPMI no radar
Dólar oscila nesta quarta-feira, com dados econômicos e CPMI no radar
Na véspera, a moeda norte-americana avançou 0,46%, cotada a R$ 5,0641.
Por g1 26/04/2023 09h13 - Atualizado há 23 minutos
O dólar
opera instável nesta quarta-feira (26), de olho nos dados da prévia da inflação
do Brasil, nos dados econômicos no exterior e na criação da Comissão
Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas.
Às 10h10, a
moeda norte-americana subia 0,04%, cotada a R$ 5,0620.
Na véspera,
o dólar fechou em alta de 0,46%, cotada a R$ 5,0641. Com o resultado, a moeda
passou a acumular:
Alta de
0,11% na semana;
Recuo de
0,10% no mês;
Baixa de
4,05% no ano.
O que
está mexendo com os mercados?
Principal
indicador nacional do dia, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15
(IPCA-15) — considerado a prévia da inflação oficial do país — ficou em 0,57%
em abril, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com os
resultados, o IPCA-15 acumulou 4,16% na janela de 12 meses. É a primeira vez em
que o indicador fica abaixo de 5% desde fevereiro de 2021. Trata-se também uma
redução em relação aos 5,36% anotados no mês passado.
Os números
ficaram um pouco abaixo das expectativas de mercado. Em pesquisa da Reuters
eram esperadas altas de 0,61% no mês e de 4,20% em 12 meses.
Em abril, o
resultado anual entrou no intervalo das metas de inflação do país. A meta é de
3,25%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. O índice
é um dos parâmetros usados pelo Banco Central (BC) para definir a Selic, a taxa
básica de juros do país.
Mas a
expectativa de economistas é de uma retomada da inflação no segundo semestre.
Segundo o boletim Focus desta semana, a estimativa de inflação em 2023 está em
6,04%, acima do teto da meta.
O mercado
também observa o desenrolar da possível a instalação da CPI mista dos ataques
golpistas que pode acontecer já nesta quarta-feira (26). Os agentes temem que a
comissão possa paralisar as discussões da agenda econômica, como a tramitação
do arcabouço fiscal.
Segundo o
blog do Valdo Cruz, um recuo da oposição está posto à mesa, depois que o
ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passou a temer virar o principal alvo da
CPMI. Ele gostaria, inclusive, de escalar dois filhos para integrar a comissão:
deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
O blog diz
ainda que uma ala da oposição já se arrepende da futura criação da CPMI e não
descarta a possibilidade de desistir da comissão, caso o governo Lula tenha
total controle dos trabalhos, com a indicação de um presidente e relator
alinhados com o Palácio do Planalto.
No exterior,
os ânimos são mistos à espera da decisão de juros dos Estados Unidos, de olho
em dados econômicos da semana.
“Ontem, o First Republic Bank despencou 49% depois do resultado na segunda-feira (24). Os depósitos do banco regional americano caíram mais de 40% nos três primeiros meses do ano, desencadeado pela recente crise bancária. A queda da ação do FRB reacendeu preocupações com o setor como um todo e pressionou outros papéis de bancos também ao longo do dia”, diz relatório da XP.