Indústria brasileira cresce 1,1% em março após duas quedas seguidas
Indústria brasileira cresce 1,1% em março após duas quedas seguidas
Na comparação com março de 2022, crescimento foi de 0,9%.
Publicado em 10/05/2023 - 10:04 Por Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro
A produção
industrial brasileira teve alta de 1,1% em março deste ano, na comparação com o
mês anterior. A alta veio depois de duas quedas consecutivas (em janeiro e
fevereiro) e um mês de estabilidade (dezembro de 2022). Os dados são da
Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), divulgada nesta
quarta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O setor
também apresentou crescimento na comparação com março de 2022 (0,9%). No
entanto, a produção acumula queda de 0,4% no ano e estabilidade no acumulado de
12 meses.
Na
comparação com fevereiro deste ano, a indústria avançou em 16 dos 25 ramos
pesquisados, com destaque para as atividades de coque, produtos derivados do
petróleo e biocombustíveis (1,7%), máquinas e equipamentos (5,1%) e
equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (6,7%).
Outras
influências relevantes para o crescimento da indústria vieram de produtos
farmoquímicos e farmacêuticos (3,2%), outros equipamentos de transporte (4,8%),
produtos químicos (0,6%), couro, artigos para viagem e calçados (2,8%) e de
produtos de minerais não metálicos (1,2%).
Um segmento manteve-se estável (produtos diversos) e oito apresentaram queda, entre eles confecção de artigos do vestuário e acessórios (-4,7%), móveis (-4,3%) e produtos de metal (-1%).
Entre as
quatro grandes categorias econômicas da indústria, três tiveram alta de
fevereiro para março: bens de capital, isto é, as máquinas e equipamentos
usados no setor produtivo (6,3%), bens intermediários, isto é, os insumos
industrializados usados no setor produtivo (0,9%) e os bens de consumo duráveis
(2,5%).
A exceção
ficou com os bens de consumo semi e não duráveis, que recuaram 0,5% no período.
Segundo o
pesquisador do IBGE André Macedo, apesar da alta de março, ela não foi
suficiente para recuperar as perdas recentes. Ele afirma que há elementos na
conjuntura do país que explicam parte das dificuldades na recuperação do setor
industrial brasileiro.
“Ainda
permanecem no nosso escopo de análise as questões conjunturais, como a taxa de
juros em patamares mais elevados, que dificultam o acesso ao crédito, a taxa
alta de inadimplência e o maior nível de endividamento por parte das famílias,
assim como o grande número de pessoas fora mercado de trabalho e a alta
informalidade”, informou o pesquisador, segundo nota divulgada pelo IBGE.
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Graça Adjuto