Após mudar política, Petrobras deve reduzir preços da gasolina e do diesel ainda nesta terça
Após mudar política, Petrobras deve reduzir preços da gasolina e do diesel ainda nesta terça
16/05/2023 10h16 - Atualizado há 19 minutos
A Petrobras deve anunciar ainda nesta terça-feira (16) uma redução nos preços da gasolina e do diesel nas refinarias do país.
Se
confirmado, o anúncio acontecerá horas após a estatal alterar a política de
preços e informar que não seguirá mais a fórmula do Preço de Paridade de
Importação (PPI) – que leva em conta as oscilações internacionais do dólar e do
petróleo, além de custos de logística para trazer o óleo ao Brasil.
Atualmente,
gasolina e diesel custam no Brasil um valor acima do praticado no mercado
internacional. Por isso, a Petrobras avalia que há “espaço” para
cortar o preço.
Nova
política de preços
A nova
política de preços não vai mais seguir a paridade de preço de importação, ou
seja, os valores cobrados no mercado internacional para compra de gasolina e
diesel no mercado externo.
Segundo o
comunicado enviado ao mercado, a estatal vai levar em consideração custos
internos de produção e de transporte, com diferenças regionais.
As duas
medidas da Petrobras foram acertadas ontem pela diretoria executiva da estatal
e estão em linha com o que o presidente Lula vinha reivindicando desde o início
do governo, além de ter sido uma promessa dele durante a campanha presidencial.
Segundo um
integrante da estatal, as mudanças vão “abrasileirar” os preços da gasolina e
do diesel.
Petrobras
tenta ampliar fatia de mercado
Com as
mudanças, a Petrobras deseja reconquistar espaço no mercado.
Especialistas
e conselheiros da estatal alertam, porém, que ela não poderá ficar praticando
preços abaixo do mercado internacional por muito tempo para conquistar mercado
por causa das suas limitações para produção de diesel.
Hoje, mais
de 25% do diesel consumido no país vem do exterior.
Na avaliação
de especialistas, a mudança deixa nas mãos da diretoria executiva a definição
dos preços, podendo seguir ou não as oscilações do mercado internacional, o
que, muitas vezes, gera uma pressão altista dentro do Brasil.