Senacon vai monitorar preços de combustíveis no país
Senacon vai monitorar preços de combustíveis no país
Procons vão verificar se redução dos valores chegará aos consumidores.
Publicado em 17/05/2023 - 10:17 Por Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil - Brasília
A Secretaria
Nacional do Consumidor (Senacon) quer os Procons estaduais e municipais de todo
o país monitorando os postos de combustíveis, para verificar se a redução dos
preços médios da venda de gasolina e diesel para as distribuidoras foi
repassado aos consumidores.
Com esse
propósito, o órgão emitiu, na noite desta terça-feira (16), um ofício aos
Procons, solicitando a eles que façam esse monitoramento de preços nas diversas
regiões do país.
Em nota
divulgada pela Senacon, o secretário Nacional do Consumidor, Wadih Damous,
disse que o monitoramento é fundamental para assegurar que essa redução dos
preços realmente chegue aos consumidores.
“Nós
queremos monitorar se essa redução chegou ao bolso das consumidoras e dos
consumidores. Neste sentido eu solicitei aos Procons de todo o Brasil que
exerçam a devida fiscalização”, justificou ao citar notícias veiculadas na
imprensa sobre estabelecimentos que teriam aumentado de forma suspeita preços
antes de a Petrobras anunciar a queda.
Segundo Damous, esses estabelecimentos serão devidamente fiscalizados. “Não aceitaremos que postos se valham de fraude para aumentar os preços hoje e dizerem que reduziram amanhã. Esses postos estarão sob a nossa fiscalização e sanções serão aplicadas em caso de fraude”, afirmou, ao garantir que a Secretaria acompanhará “de perto” a situação e que, se necessário, adotará “medidas adicionais para proteger os direitos dos consumidores e garantir a concorrência justa no mercado de combustíveis”.
No ofício, a
Senacon instrui os Procons a fazerem um levantamento detalhado dos preços dos
combustíveis em postos de diversas regiões. A ideia é identificar não apenas
aumentos abusivos, mas eventuais “práticas irregulares que prejudiquem os
consumidores”.
Petrobras
Na
segunda-feira (15), a Diretoria Executiva da Petrobras aprovou uma estratégia
comercial para definição de preços de diesel e gasolina que encerrou a
subordinação dos valores ao preço de paridade de importação.
No dia
seguinte, essa terça-feira (16), a empresa anunciou redução R$ 0,44 por litro
do preço médio do diesel para as distribuidoras, que passará de R$ 3,46 para R$
3,02. A redução do preço médio da gasolina é de R$ 0,40 por litro, passando de
R$ 3,18 para R$ 2,78, valor também pago pelas distribuidoras.
Com a nova
política da estatal, as referências de mercado colocam o custo alternativo do
cliente como prioridade na precificação; e considera o valor marginal para a
Petrobras, tendo por base custos e oportunidades observadas em diversas etapas
da atividade – entre elas, produção, importação e exportação de produtos.
As
premissas, segundo nota divulgada pela empresa, são preços competitivos por
polo de venda, participação “ótima” da Petrobras no mercado,
otimização dos seus ativos de refino, e rentabilidade de maneira sustentável.
Segundo a
estatal, os reajustes continuarão sendo feitos sem uma periodicidade definida e
evitará repasses da volatilidade dos preços internacionais e do câmbio aos
consumidores brasileiros.
Edição:
Kelly Oliveira