Desocupação cresce em 16 unidades da federação no primeiro trimestre
Desocupação cresce em 16 unidades da federação no primeiro trimestre
Maior taxa foi observada no estado da Bahia.
Publicado em 18/05/2023 - 10:15 Por Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro
A taxa de
desocupação subiu em 16 das 27 unidades da federação no primeiro trimestre
deste ano em relação ao trimestre anterior. Nos outros 11 locais, o índice
ficou estável, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
Contínua (PNAD Contínua), divulgados nesta quinta-feira (18).
As
principais altas foram observadas no Rio Grande do Norte (2,2 pontos
percentuais, ao passar de 9,9% para 12,1%), Roraima (2,1 pontos percentuais, ao
passar de 4,6% para 6,8%), Pernambuco (1,8 ponto percentual, ao passar de 12,3%
para 14,1%) e Ceará (1,8 ponto percentual, ao passar de 7,8% para 9,6%).
Outras unidades
da federação com alta foram: Tocantins, Piauí e Distrito Federal (com
crescimento de 1,7 ponto percentual); Pará e Maranhão (1,6 ponto percentual);
Mato Grosso (1,5 ponto percentual); Alagoas (1,3 ponto percentual); Minas
Gerais e Mato Grosso do Sul (1 ponto percentual); São Paulo (0,8 ponto
percentual); Mato Grosso (0,7 ponto percentual); e Santa Catarina (0,6 ponto
percentual).
A maior taxa
do primeiro trimestre de 2023, no entanto, foi observada na Bahia (14,4%). O
estado foi um dos 11 que mantiveram estabilidade, junto com Amapá, Sergipe, Rio
de Janeiro, Paraíba, Amazonas, Acre, Espírito Santo, Goiás, Paraná e Rondônia.
Este último, aliás, apresenta a menor taxa de desocupação do país (3,2%).
De acordo com a analista da pesquisa Alessandra Brito, o aumento da desocupação e queda na ocupação, ocorridas de forma simultânea, resultaram no crescimento da taxa nas grandes regiões, assim como aconteceu no resultado nacional (cuja taxa subiu de 7,9% para 8,8%).
“Após um ano
de 2022 de recuperação do mercado de trabalho pós-pandemia, em 2023, parece que
o movimento sazonal de aumento da desocupação no começo do ano está voltando ao
padrão da série histórica”, afirmou a pesquisadora.
Rendimentos
De acordo
com a pesquisa, no primeiro trimestre, o rendimento médio habitual no país foi
estimado em R$ 2.880, ficando estável na comparação com o trimestre anterior.
Entre as
unidades da federação, apenas três apresentaram alta: Alagoas (5,3%), Maranhão
(5%) e Minas Gerais (4,2%). O Rio Grande do Sul foi o único a ter queda
(-2,8%).
Edição: Valéria Aguiar – Agência Brasil