Análise: erros do árbitro e expulsão de Joaquim mascaram bom futebol do Santos no Chile

Análise: erros do árbitro e expulsão de Joaquim mascaram bom futebol do Santos no Chile

Se bem trabalhado pela comissão técnica, jogo com o Audax Italiano pode virar um marco na temporada para o clube da Vila Belmiro.





Por Yago Rudá — São Paulo 25/05/2023 04h00 - Atualizado há 7 horas

O Santos está em situação complicada na Copa Sul-Americana. No Chile, o time foi derrotado pelo Audax Italiano, por 2 a 1, em um jogo marcado pelos erros da arbitragem e pela agressão do zagueiro Joaquim a um adversário. Os dois fatos sobrepõem um bom futebol que vinha sendo apresentado pelo Peixe.

Do início até o minuto 42 do primeiro tempo, o Santos foi dominante. Trocou passes, ganhou o campo do adversário, teve seus volantes no ataque e viu uma boa atuação de Ângelo e Daniel Ruiz pelas beiradas do campo. A sensação era de que o time venceria com tranquilidade.

A partir dali, o árbitro inverteu um lateral, expulso Arzul – o chefe dos preparadores de goleiros – por reclamação e, no mesmo lance, deu um cartão amarelo para Joaquim, sendo que o zagueiro havia sofrido um pisão do adversário sem ter feito absolutamente nada.

Daí em diante, o Santos desmoronou. Praticamente na jogada seguinte, talvez irritado pela injustiça cometida pelo árbitro uruguaio Christian Ferreyra, o zagueiro perdeu a cabeça e acertou uma cotovelada em Sosa. O zagueiro do Peixe mereceu o cartão vermelho, a agressão foi claríssima.

Na falta gerada na expulsão, o Audax Italiano – que até então era inofensivo – marcou o gol do empate ainda no primeiro tempo. Puro azar do Peixe.

O segundo tempo foi um jogo de ataque contra defesa, com o Santos sem válvula de escape e vendido na parte ofensiva. Em uma falha individual, o time levou o segundo gol e deixou o gramado derrotado.

Falar do jogo sem citar os erros do árbitro e a expulsão de Joaquim é tarefa árdua, praticamente impossível. O Santos foi prejudicado em um jogo que fazia tudo certo. Mesmo sem Lucas Lima e Dodi, poupados pela comissão técnica, e com um esquema tático diferente, o time correspondeu bem.

A Sul-Americana, embora importante no calendário, não é (e nem deve ser) a prioridade do clube nesta temporada. O Peixe está vivo na competição, mas a situação é complicada. Precisa vencer os dois próximos jogos, ambos em casa, para seguir com o sonho da classificação na segunda posição da chave.

Já o jogo no Chile pode servir como exemplo e virar um marco na temporada. Se bem trabalhado pela comissão técnica, o elenco pode utilizar a injustiça sofrida como combustível na busca por resultados. Da mesma forma, o erro de Joaquim deve ser relembrado sempre que possível para evitar que se repita.

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