Análise: São Paulo vive noite de pesadelo no Morumbi, mas reage para avançar na Copa do Brasil

Análise: São Paulo vive noite de pesadelo no Morumbi, mas reage para avançar na Copa do Brasil

Depois de construir boa vantagem no Recife, Tricolor toma virada do Sport com casa cheia e só se classifica para as quartas nos pênaltis.




Por Leonardo Lourenço — São Paulo 02/06/2023 04h00 - Atualizado há 5 horas

A relação de sonhos entre o São Paulo e o técnico Dorival Júnior teve uma noite de pesadelo. Menos mal que o time acordou a tempo de evitar uma eliminação que parecia muito improvável quando começou o jogo contra o Sport, nesta quarta-feira, no Morumbi. Mas que quase virou realidade.

Dorival chegou ao São Paulo há pouco mais de um mês e conseguiu mudar o time praticamente de imediato. A equipe insegura e que temia a parte de baixo da tabela do Brasileiro logo se encheu de confiança e enfileirou 11 jogos sem derrotas, colocando-se entre os líderes do torneio.

Na Copa do Brasil, um resultado expressivo na partida de ida das oitavas de final: 2 a 0 sobre o Sport, na Ilha do Retiro. A impressão era de que o duelo de volta, no Morumbi, seria protocolar.

A sensação se aproximou da certeza quando Michel Araújo abriu o placar para o São Paulo na noite da última quinta, com quase 50 mil pessoas no Morumbi, e ampliou a vantagem tricolor no confronto para três gols.

O primeiro tempo era equilibrado. O Sport, sem opções, pressionou o São Paulo e até teve chance de marcar antes de sofrer o gol. Os donos da casa também já tinham criado oportunidades.

O Tricolor não era brilhante, mas não dava sinais de que poderia transformar aquele conforto todo do placar em sofrimento.

O empate do Sport saiu quase no fim do primeiro tempo – ainda era pouco.

O segundo tempo do São Paulo foi de terror.

Confira a entrevista de Dorival Jr, do São Paulo, após classificação na Copa do Brasil

O Sport teve domínio, encurralou o São Paulo, que não conseguia reagir. O gol da virada saiu logo, num escanteio batido no primeiro mal e desviado por Sabino.

Em dado momento, o São Paulo se convenceu que o foco era evitar o pior. Arboleda, recém-recuperado de lesão, entrou no jogo para prevenir os chuveirinhos que viriam quando o relógio se aproximasse do fim, e o Sport passasse a abusar das bolas aéreas.

Não funcionou. Num lance muito semelhante ao do segundo gol, Sabino mais uma vez marcou do primeiro pau, nos acréscimos, e levou a decisão para os pênaltis.

Nas cobranças, o São Paulo acertou. Converteu as cinco cobranças e viu Rafael, que tinha se destacado na partida, defender batida de Luciano Juba.

Classificação garantida, a ver as consequências do susto dessa primeira derrota do time com Dorival Júnior no banco. Com Rogério Ceni, o São Paulo era uma equipe que se abatia com facilidade.

O time poderá dar uma resposta já no domingo, quando enfrenta o Grêmio, em Porto Alegre, pelo Brasileirão. 

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