Sobe para 19 o número de focos de gripe aviária no Brasil
Sobe para 19 o número de focos de gripe aviária no Brasil
Foram confirmados mais 6 focos, 4 no Espírito Santo e 2 no Rio de Janeiro. Doença só atingiu aves silvestres, ou seja, que vivem na natureza.
Por g1 02/06/2023 10h16 - Atualizado há 47 minutos
O número de
focos de gripe aviária do subtipo H5N1 subiu de 13 para 19 no Brasil, de acordo
com uma atualização do Ministério da Agricultura, no fim da noite de
quinta-feira (1º).
Todos os
casos envolvem espécies de aves silvestres, ou seja, que vivem livre na
natureza. No Brasil, não há focos de gripe aviária em aves de granja, ou seja,
voltadas para a alimentação. Não há registros de contaminação da doença a
partir do consumo de frango ou ovos devidamente preparados, afirma a
Organização Mundial de Saúde (OMS).
No Espírito
Santo, foram confirmados mais 4 focos: 2 envolvendo aves trinta-réis de bando
(Thalasseus acuflavidus); 1 de pássaros do tipo trinta-réis-real (Thalasseus
maximus); e 1 biguá (Nannopterum brasilianum);
No Rio de
Janeiro, foram confirmados mais 2 focos: todos em pássaros trinta-réis de
bando.
Espírito
Santo
O estado
contabiliza 13 focos, nas seguintes cidades:
Cariacica: 1
foco de Atobá-pardo;
Marataízes:
2 focos de Trinta-réis-de-bando; 1 de Trinta-réis-real; e 1 de Biguá;
Vitória: 2
focos de Trinta-réis-de-bando;
Nova
Venécia: 1 foco de Trinta-réis-real;
Itapemirim:
1 foco de Trinta-réis-de-bando;
Linhares: 1
foco de Trinta-réis-de-bando;
Serra: 1
foco de Corujinha-do-mato;
Piúma: 1
foco de Trinta-réis-boreal;
Guarapari: 1
foco de Trinta-réis de bando.
Rio de
Janeiro
O estado
contabiliza 5 focos, nas seguintes cidades:
São João da
Barra: 3 focos de Trinta-réis-de-bando;
Cabo Frio: 1
foco de Trinta-réis-de-bando;
Ilha do
Governador: 1 foco de Trinta-rés-de-bando;
Rio
Grande do Sul
O estado
registrou 1 foco até o momento:
Na Estação
Ecológica do Taim: Cisne-de-pescoço-preto.
O que é a
H5N1?
O H5N1 é um
subtipo do vírus Influenza que atinge, predominantemente, as aves. É menos
comum em mamíferos e em humanos.
A Influenza
Aviária foi diagnosticada pela primeira vez em aves em 1878, na Itália. Mas o
H5N1 só foi isolado por cientistas mais de 100 anos depois, em 1996, em gansos
na província de Guangdong, no sul da China.
Os vírus
Influenza são divididos entre os de Baixa Patogenicidade (LPAI, leve) e os de
Alta Patogenicidade (HPAI, grave):
– Baixa
Patogenicidade: atinge as aves de forma mais branda e, muitas vezes, de forma
assintomática. A taxa de mortalidade das aves, neste caso, é baixa;
– Alta
Patogenicidade: a doença se manifesta de forma mais grave, é disseminada
rapidamente entre as aves e tem um alto índice de mortalidade entre os animais.
Caso de
Baixa Patogenicidade no Brasil
No final da noite de quinta-feira, o Ministério da Agricultura detectou o vírus da influenza aviária de baixa patogenicidade (H9N2) em um pato de vida livre, da espécie Cairina moschata, na cidade de Pará de Minas, no estado de Minas Gerais.
O registro
não tem relação com os focos de H5N1 no país e não requer a aplicação de
medidas emergenciais.
“A
influenza aviária de baixa patogenicidade não é uma doença de notificação
obrigatória à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e não traz restrições
ao comércio internacional de produtos avícolas brasileiros”, acrescenta o
órgão.
Evidências
de presença de outros vírus de influenza aviária de baixa patogenicidade já
foram encontradas no Brasil anteriormente.
Esses vírus
circulam normalmente em populações de aves silvestres, principalmente as
aquáticas, em todo o mundo, causando doença leve ou assintomática em aves
domésticas e selvagens, destaca o Ministério.