Análise: Santos mostra variação tática, mas ainda depende muito de individualidades

Análise: Santos mostra variação tática, mas ainda depende muito de individualidades

Lucas Lima faz um golaço para garantir empate, mas Peixe cria muito pouco contra o Inter.




Por Bruno Giufrida — São Paulo 04/06/2023 08h57 - Atualizado há um dia

O Santos empatou por 1 a 1 com o Internacional no último sábado, na Vila Belmiro, pela nona rodada do Campeonato Brasileiro. O resultado, é claro, não foi o esperado, mas o desempenho mostrou que o Peixe pode ter um caminho a seguir.

A equipe não vence há seis partidas. Desde então, foi eliminado da Copa do Brasil e se complicou na Sul-Americana. O momento não é bom. O técnico Odair Hellmann sabe disso, inclusive, e tem procurado alternativas, mas elas ainda não mostraram ser o suficiente contra o Internacional.

Na partida do último sábado, o Santos entrou em campo com uma formação muito parecida com a que vinha sendo utilizada, mas uma variação tática que deu outra cara para a equipe: Alison à frente da zaga, com Dodi e Lucas Lima mais avançados e com mais liberdade.

Com mais poder ofensivo, o Santos conseguiu controlar o adversário durante boa parte do jogo na Vila Belmiro, mas sofreu um gol muito cedo e ainda não conseguiu transformar posse de bola e superioridade ofensiva em bola na rede.

Esse, aliás, tem sido o maior problema nessa sequência sem vitórias. Em algumas das seis partidas, o Peixe foi melhor do que os adversários, mas não conseguiu traduzir essa superioridade em resultado. Para o torcedor, desempenho já não é mais o suficiente.

E Odair também sabe disso. Só que não tem conseguido fazer com que o coletivo se sobressaia às individualidades. O time, na medida do possível, tem se defendido bem – mas, voltando ao tópico anterior, também já não é mais o suficiente.

Contra o Internacional, a mudança tática para dar mais presença ofensiva aos meias fez com que o Santos finalizasse mais: foram 18 chutes, contra oito do adversário, mas só cinco acertaram o gol.

O jogo do último sábado, inclusive, é um bom exemplo do que tem sido rotina no Peixe: a equipe consegue ser superior, ter a bola e sofrer pouco, mas tem muitas dificuldades para usar a coletividade para criar chances claras. A maioria dos lances ofensivos de perigo é em chutes de longe ou cruzamentos para a área.

Para conseguir transformar esse controle em resultado, que, no fim das contas, é o que interessa, Odair Hellmann precisa de mais criatividade ofensiva. O próximo desafio é na terça-feira, contra o Newell’s Old Boys, pela Copa Sul-Americana. No sábado, o Peixe visita o Coritiba, pelo Brasileirão.

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