Presidente da CBF diz que não jogou a toalha por Ancelotti e fala sobre outras opções para a Seleção
Presidente da CBF diz que não jogou a toalha por Ancelotti e fala sobre outras opções para a Seleção
Ednaldo Rodrigues confirma que terá reuniões na Europa durante a data Fifa e só irá partir para plano B após esgotar as tentativas de contratar treinador italiano do Real Madrid.
Por Vinicius Rodeio* — Rio de Janeiro 06/06/2023 15h07 - Atualizado há 31 minutos
O presidente
da CBF, Ednaldo Rodrigues, afirmou nessa terça-feira que não desistiu de
contratar o técnico Carlo Ancelotti para a seleção brasileira apesar das
seguidas entrevistas do italiano dizendo que não deixará o Real Madrid.
Após o
sorteio das quartas de final da Copa do Brasil, Ednaldo Rodrigues atualizou a
busca por um treinador para a Seleção e disse que espera ter novidades após a
viagem que fará à Europa, nos próximos dias, por conta da final da Liga dos
Campeões, na Turquia, e também pela data Fifa – o Brasil disputará amistosos
contra Guiné, na Espanha, dia 17, e Senegal, em Portugal, dia 20.
– Não pegou
de surpresa (a declaração de Ancelotti dizendo que ficará no Real Madrid até
2024). A gente sabe que tem situações que, por causa de contratos, as pessoas
têm também cautela de não estar ali fazendo alguma coisa que possa trazer
insatisfação para o seu empregador, e vice-versa. Acho que nós fizemos um
plano, esse plano A é exatamente o que vocês sabem, que é o Ancelotti, e, como
se diz no ringue, não joguei a toalha ainda – comentou Ednaldo.
– Teremos
dois jogos agora e estarei viajando no dia 8 para a final da Champions. Nesses
dois jogos, tenho reunião com a Federação Espanhola, para também estreitarmos
os detalhes do amistoso da data Fifa de março de 2024 com a Espanha, e também
pretendo, após algumas reuniões na Europa, quando voltar informar a todos vocês
aquilo que é possível do nosso plano com o Ancelotti, ou o que não é possível,
para que, a partir dali, eu possa partir para um plano B. Não vou partir para
um plano B sem dar conhecimento a vocês antes –completou o dirigente.
Na
segunda-feira, o ge informou que a CBF via a contratação de Ancelotti como
difícil e que havia sido informada, nos bastidores, de que o italiano estaria
disposto a assumir a Seleção somente no ano que vem. A possibilidade de esperar
o treinador até lá está descartada nesse momento.
– Não vou
definir prazo, mas podem ter certeza que o que a gente busca é conforto e
tranquilidade para todo um ciclo na seleção. Assim que retornarmos de lá vamos
chamá-los, reunir vocês e dizer assim: “O plano foi assim, assim vai dar
certo, assim não vai dar”, ou então vamos partir para outra situação – declarou
Ednaldo Rodrigues.
Desde o fim
de 2022, a confederação brasileira tinha uma sinalização de pessoas próximas a
Ancelotti de que assumir a equipe pentacampeã mundial era algo que o seduzia.
Porém, o italiano não quer deixar o Real Madrid em litígio e, mesmo com a perda
do título espanhol e a queda na semifinal da Liga dos Campeões, ele foi mantido
no cargo.
Nessa
terça-feira, Ednaldo também falou sobre possíveis alternativas caso não haja
acordo com Ancelotti. O cartola elogiou alguns nomes, mas evitou dar pistas de
quem tem a preferência dele:
– São
excelentes treinadores, pode ter certeza. Todos eles que vocês citou [Abel
Ferreira, Jorge Jesus e Fernando Diniz] são excelentes treinadores. E tem
outros ainda, o Brasil tem vários treinadores excelentes. Os nomes são esses
que estão no radar de vocês, e a gente entende que são treinadores excelentes,
mas que só podemos realmente partir para um plano B a partir do momento que
tivermos definição de lá [Ancelotti].
Se Ancelotti
não aceitar, quem é o preferido para assumir a Seleção Brasileira?
Como mostrou
o ge na semana passada, Thássilo Soares, agente de Vini Jr, assumiiu o papel de
interlocutor da CBF nas tentativas de contratar o treinador. Tatá, como é
conhecido no meio do futebol, vive em Madri e tem entrada direta com Ancelotti
e seus pares.
Em um
primeiro momento, Ronaldo Fenômeno auxiliou a intermediar as conversas, o que
aconteceu até os primeiros meses de 2023. Recentemente, no entanto, o
ex-jogador optou por dar um passo atrás e não participar mais tão diretamente,
sem deixar claro se algo o deixou desconfortável.
Na ausência
de um treinador efetivo, Ramon Menezes, da seleção sub-20, foi escolhido para
comandar a equipe interinamente. Ele esteve à frente do Brasil na derrota por 2
a 1 para Marrocos, em março, e voltará ao posto na data Fifa de junho, em
amistosos contra Guiné e Senegal.
A seleção
brasileira estreia nas Eliminatórias em setembro, quando a CBF espera já ter
escolhido o novo técnico.
*Colaborou
sob supervisão de Luciano Mello