Trump é acusado em investigação de documentos confidenciais, diz imprensa dos EUA
Trump é acusado em investigação de documentos confidenciais, diz imprensa dos EUA
Em agosto de 2022, investigadores apreenderam cerca de 13 mil documentos em uma das casas de Trump, em Mar-a-Lago, na Flórida. Cem desses estavam marcados como sigilosos.
Por g1 08/06/2023 20h51 - Atualizado há 2 horas
O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quinta-feira (8) que foi acusado formalmente na investigação federal sobre o manuseio de documentos confidenciais do governo em sua casa em Mar-a-Lago, na Flórida, após deixar o cargo.
Segundo o
jornal “The New York Times”, ele é o primeiro ex-presidente
norte-americano a receber acusações federais.
O processo
criminal, apresentado pelo Departamento de Justiça dos EUA, representa outro
revés legal para Trump, que busca reconquistar a presidência do país em 2024.
Ele já enfrenta um processo criminal em Nova York que deve ir a julgamento em
março do próximo ano.
“A
administração corrupta de Biden informou a meus advogados que fui indiciado,
aparentemente pelo embuste do Boxes”, escreveu Trump em sua plataforma Truth
Social.
Trump disse que deve comparecer ao tribunal na tarde da próxima terça-feira (13) em Miami. “EU SOU UM HOMEM INOCENTE!”, escreveu em sua plataforma.
Os advogados
de Trump não responderam imediatamente a um pedido de comentário da Reuters. Um
porta-voz do procurador especial Jack Smith, funcionário do Departamento de
Justiça que está conduzindo a investigação, se recusou a comentar.
Trump
enfrenta sete acusações criminais no caso federal, disse a fonte, que falou sob
condição de anonimato. As acusações exatas ainda não foram divulgadas
oficialmente.
O
Departamento de Justiça dos Estados Unidos não fez nenhum comentário ou
confirmação sobre o caso.
Trump e seus
assessores já estavam se preparando para uma possível acusação no caso dos
documentos confidenciais, já que os promotores que lidam com a investigação
foram vistos em um tribunal de Miami nesta quinta, onde foram ouvidas
testemunhas, segundo a agência de notícias Associated Press.
Nesta quarta
(7), a imprensa norte-americana divulgou que procuradores federais haviam
notificado o ex-presidente dos Estados Unidos de que ele estava na mira da
investigação do caso.
O
Departamento de Justiça normalmente notifica as pessoas quando elas se tornam
alvos de uma investigação para que elas possam juntar suas próprias evidências
que podem provar sua inocência se o caso prosseguir, mas isso não implica
obrigatoriamente uma acusação criminal.
Relembre
o caso dos documentos
Em agosto de
2022, investigadores apreenderam cerca de 13 mil documentos em uma das casas de
Donald Trump, em Mar-a-Lago, na Flórida. Cem desses estavam marcados como
sigilosos, embora um dos advogados de Trump tivesse afirmado no passado que
todos os registros com marcas de sigilosos haviam sido devolvidos ao governo.
Trump já
defendeu a retenção dos documentos, ele afirmou que, quando ainda era
presidente, ele tirou o sigilo dos documentos. No entanto, Trump nunca
apresentou evidências de que ele realmente tirou o sigilo dos documentos, e os
advogados nem mesmo apresentaram esse argumento na Justiça.
Outras
investigações
Uma segunda
investigação criminal está analisando supostos esforços de Trump e seus aliados
para reverter a derrota dele nas eleições de 2020 para o presidente democrata
Joe Biden
Trump é o
favorito na corrida pela indicação presidencial republicana de 2024 para
desbancar Biden.
Trump é o primeiro presidente dos Estados Unidos, atual ou passado, a enfrentar acusações criminais, tendo se declarado inocente em abril das acusações de delitos graves apresentadas pelo procurador do distrito de Manhattan por falsificação de registros comerciais relacionados a pagamentos de silêncio a uma estrela pornô antes de sua eleição em 2016.