Governo de SP sanciona lei que define aumento médio de 20% nos salários de policiais do estado
Governo de SP sanciona lei que define aumento médio de 20% nos salários de policiais do estado
Texto, com reajustes entre 13% e 34% para cargos na PM, Polícia Civil e Científica, foi assinado em cerimônia na manhã desta segunda (12). Governador havia prometido proposta para demais classes do serviço público até o fim de maio.
Por Arthur Stabile, g1 SP — São Paulo 12/06/2023
O governador
de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) assinou na manhã desta
segunda-feira (12) a lei que define aumento salarial para policiais do estado
de São Paulo. Serão beneficiados agentes de segurança das polícias Militar,
Civil e Científica.
“Vamos
aumentar o efetivo, estamos trabalhando na valorização e na saúde. Vamos pensar
na questão habitação e outras (para policiais) que são igualmente relevantes.
Investimento pesado em tecnologia, compartilhamento de informação”, disse
o governador durante cerimônia no Palácio dos Bandeirantes.
De acordo
com o governo paulista, o benefício engloba cerca de 100 mil integrantes das
forças – seja membros da ativa ou aposentados. Os reajustes vão de 13% a 34%, a
depender do cargo do servidor (veja os valores na tabela abaixo) e foram
aprovados por unanimidade na Assembleia Legislativa de São Paulo, a Alesp.
Todos os 84
deputados presentes na Casa, no dia 23 de maio, votaram a favor e o texto foi
aprovado na íntegra, sem alterações.
Conforme apurado pelo g1, os 2º tenentes da Polícia Militar terão o menor reajuste, de 13,71% em seus salários – que passarão de R$ 7.577,12 para R$ 8.615,94. Já os alunos de praça da PM terão o maior aumento, de 34,24%: salários passam de R$ 3.029,36 para R$ 4.066,54.
Tarcísio
detalhou que as categorias de entrada nas corporações receberiam os maiores
acréscimos como forma de manter os novos profissionais nas categorias. No
entanto, os percentuais ficaram maiores entre as categorias de policiais
militares, como soldados e oficiais, em relação aos civis, de investigadores a
delegados.
Enquanto
delegados da Civil tiveram reajuste de 17,03%, o posto de capitão da PM recebeu
28,79%. Investigadores de primeira classe receberão 17,17%, já soldados também
de primeira classe, 22,7%.
A proposta
gerou insatisfações pontuais entre os policiais civis do estado de São Paulo.
Eles criticam, principalmente, o fato de terem recebido percentuais menores de
reajuste do que os policiais militares.
O impacto da
medida está avaliado em torno de R$ 2,5 bilhões sobre o orçamento estadual em
2023 e de R$ 5 bilhões nos demais anos.
O texto
original enviado à Alesp sofreu uma mudança, proposta pelo próprio governo. Depois
de uma reunião no Palácio dos Bandeirantes, Tarcísio de Freitas e o secretário
da Segurança, Guilherme Derrite, recuaram e decidiram retirar do projeto de lei
a alíquota que definia em 10,5% a contribuição previdenciária dos PMs. De
resto, o governo manteve a proposta sobre o reajuste escalonado por classe e
cargo, e os deputados concordaram.
Reajustes
para outras categorias
Policiais
são a primeira categoria beneficiada com aumento salarial por Tarcísio de
Freitas, que prometeu enviar à Assembleia projetos de reajustes para os demais
servidores públicos do estado até o fim de maio.
No dia 2 de
maio, quando entregou pessoalmente a proposta na Alesp, o governador Tarcísio
foi alvo de um protesto de policiais penais, que cobram reconhecimento e
valorização da categoria. Os profissionais reclamaram de não estarem na
proposta de aumento para policiais no estado, mesmo com a alteração do nome
oficial de suas funções — antes eram identificados como agentes
penitenciários.
Os policiais
penais, contudo, estão vinculados a uma secretaria diferente da dos policiais
militares e civis: enquanto estes ficam sob a responsabilidade da Secretaria da
Segurança Pública (SSP), gerida por Guilherme Derrite, os policiais penais
estão sob o guarda-chuva da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), do
secretário Marcello Streifinger.