Mundial Paralímpico de Atletismo: Brasil terá 15 recordistas mundiais

Mundial Paralímpico de Atletismo: Brasil terá 15 recordistas mundiais

Com delegação diversa, Brasil quer fazer história e se manter no topo do quadro em Paris.



06/07/2023 08h00 - Atualizado há uma hora

O Brasil chega a Paris para a participar do Mundial Paralímpico de Atletismo com a maior delegação da história. A meta é continuar no topo do quadro de medalhas, e alguns trunfos são importantes para chegar lá. O número de recordistas mundiais impressiona: são 15 entre os convocados. O título de atleta paralímpico mais rápido do mundo, por exemplo, pertence a um brasileiro: Petrucio Ferreira corre os 100m rasos em apenas 10s29. Você acompanha tudo de perto pelo sportv, que transmite a competição ao vivo de 8 a 17 de julho.

– Estou indo com uma missão dupla! Buscar o meu tricampeonato na prova dos 100m e defender o meu recorde de paralímpico mais rápido do mundo – disse Petrucio Ferreira, velocista da T47.

Outra atleta que também é destaque nas provas de velocidade é Jerusa Geber, da classe T11. Medalhista em três edições de Jogos Paralímpicos (Pequim 2008, Londres 2012 e Tóquio 2020), a velocista acreana corre os 100m rasos em apenas 11s83. Considerada a cega mais veloz do mundo, ela melhorou a própria marca, que era 11s85, e se consolidou como recordista mundial.

O Brasil já conquistou 215 medalhas em Mundiais de Atletismo, foram 74 ouros, 65 pratas e 76 bronzes. A edição que marca a ascensão do Brasil às primeiras posições do quadro de medalhas aconteceu em Lyon, na França, quando o país terminou em terceiro lugar. Em Dubai 2019, o país subiu mais um degrau e terminou o evento no segundo lugar geral.

– O nível técnico das provas no Mundial de Paris vai ser muito forte. Da última edição da competição, em Dubai 2019, para cá, muitas mudanças nas marcas [recordes mundiais] já aconteceram. Agora é chegar lá e buscar o melhor – afirmou o paraibano Cicero Nobre, lançador da classe F57.

Nesta edição, o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) selecionou 54 atletas com perfis diversos. De acordo com o levantamento feito pela entidade, 57% dos representantes o país na competição têm alguma deficiência física, 31% possuem deficiência visual e 12% são da classe T20, para pessoas com deficiência intelectual.

A mistura também é boa no quesito idade. A atleta mais experiente é a santista Beth Gomes, de 58 anos, na outra ponta, o atleta mais novo da delegação é Vinícius Quintino de apenas 16 anos.

Aliás, Beth Gomes é uma das atletas em que devemos prestar bastante atenção. No disco, a lançadora da classe F53 bateu dois recordes mundias neste ano. Em junho, ela melhorou a própria marca com ao atingir 16,80m. Ela também é a atual recordista mundial no arremesso do peso e lançamento de dardo.

– É gratificante saber que o trabalho meu, da minha equipe técnica e da minha treinadora Roseane Farias está proporcionando evolução. Isso é maravilhoso.Para mim é uma alegria e uma surpresa chegar a mais uma competição Mundial – comentou Beth Gomes, que foi campeã paralímpica em Tóquio 2020.

O Mundial de Atletismo de Paris é o primeiro após os Jogos de Tóquio 2020 e deve ser o maior evento paralímpico a ocorrer na capital francesa antes das Paralimpíadas de 2024. A competição vai reunir 1300 atletas de 107 países, serão 171 provas com medalha em disputa.

 

Veja quem são os recordistas mundiais na delegação brasileira:

André Rocha

Alessandro Silva

Claudiney Batista

Daniel Mendes

Daniel Martins

Yeltsin Jacques

Elizabeth Gomes

Thiago Paulino

Edenilson Floriani

Wallace Santos

Jerusa Geber

Silvania Costa

Petrúcio Ferreira

Raissa Machado

Vinícius Rodrigues

Beth Gomes bate recorde mundial no lançamento de disco — Foto: Alexandre Carvalho/CPB

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