Subiu para 12 total de vítimas mortas na Operação Escudo no Guarujá
Subiu para 12 total de vítimas mortas na Operação Escudo no Guarujá
Ação continua apesar das denúncias de violência policial.
Publicado em 01/08/2023 - 13:38 Por Letycia Bond - Repórter da Agência Brasil - São Paulo
O total de
vítimas mortas durante a Operação Escudo, no Guarujá, litoral paulista, subiu
para 12, nesta terça-feira (1º). Em nota, a Secretaria da Segurança Pública
destaca que a operação continua “em curso”, apesar das denúncias de
violência policial em torno do caso.
A secretaria
afirma que as vítimas “morreram ao entrarem em confronto com as forças de
segurança desde o início da operação”. Ontem a pasta já havia dito que
daria seguimento à operação e o governador de São Paulo, Tarcísio Freitas,
negou que a polícia tenha cometido excessos.
O governo
estadual tem recebido críticas e sido questionado por conta da operação, que
foi deflagrada após o assassinato do policial Patrick Bastos Reis, soldado das
Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota), na última quinta-feira (27). No mesmo
dia, um homem de 28 anos de idade, suspeito de ser o autor do crime, foi preso.
Oficialmente,
a Operação Escudo tem por objetivo o combate ao narcotráfico e prendeu, até o
momento, 32 pessoas. Diversas entidades têm levantado dúvidas sobre a atuação
dos agentes das forças de segurança, apontando abusos de autoridade.
Uma comissão formada pela Ouvidoria das Polícias do Estado de São Paulo, pela Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e pelo Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe) se deslocou ao Guarujá, para apurar se houve ou não excessos por parte dos policiais. O grupo irá ouvir familiares das vítimas e, eventualmente, outras pessoas que possam ter sido alvo de arbitrariedades praticadas pelos policiais.
Segundo o
ouvidor da Polícia, Claudio Silva, organizações de defesa dos direitos humanos
têm recebido inúmeros relatos de brutalidade policial, relacionados à Operação
Escudo. Silva comentou que a região da
Baixada Santista já tem convivido, há algum tempo, com a truculência dos
agentes da polícia.
O Ministério
Público de São Paulo designou, ontem, três promotores da região para investigar
a atuação da Polícia Militar no âmbito da Operação Escudo. Os nomes foram
indicados pelo procurador-geral de Justiça, Mario Sarrubbo.
Edição:
Valéria Aguiar