Aguirre diz que Santos precisa “melhorar muitas coisas”, mas confia em reação no Brasileiro
Aguirre diz que Santos precisa "melhorar muitas coisas", mas confia em reação no Brasileiro
Técnico reconhece segundo tempo abaixo do esperado e diz que primeiro gol mudou a partida contra o Fortaleza: "Tem muito pela frente".
Por Redação do ge — São Paulo
O técnico
Diego Aguirre disse que o Santos precisa jogar mais e evoluir em campo, mas
segue confiante uma reação dos seus comandados no Campeonato Brasileiro.
O Peixe foi
derrotado pelo Fortaleza por 4 a 0, neste domingo, na Arena Castelão, em jogo
válido pela 19ª rodada do Brasileirão. O resultado manteve o time na 17ª
colocação, com 18 pontos, dentro da zona de rebaixamento.
– O
Fortaleza fez um bom jogo. Sempre é difícil jogar aqui. Eles vinham motivados pela
classificação na Copa (Sul-Americana). Mas temos que jogar mais, treinar mais.
Mais intensidade, melhorar muitas coisas no jogo para poder competir. Quando o
Santos entrou em contato, sabíamos das dificuldades, da situação, da pressão.
Tudo isso. Nós assumimos a responsabilidade achando que é possível melhorar.
Vamos fazer de tudo e trabalhar para isso. Tem muito pela frente, ainda 19
jogos. Toda uma sequência de jogos em que, seguramente, vamos melhorar. Mas
precisamos de resultados para que volte a calma, a tranquilidade. É um momento,
uma situação complicada, mas eu tenho, como treinador e cabeça do grupo,
transmitir confiança, trabalho e ir para frente.
O treinador analisou que o time se comportou bem nos primeiros 45 minutos. Porém, após sofrer o primeiro gol, o cenário mudou, e a equipe não conseguiu encontrar um caminho para reagir na partida.
– O primeiro
tempo foi bem. No nosso planejamento nós imaginamos o primeiro tempo como
ocorreu. Acho que mudou tudo com o gol. Nós cometemos um erro e o time perdeu
confiança. Não encontramos os caminhos para empatar o jogo, marcar o gol. O
Fortaleza jogou melhor e acabou ganhando merecidamente. Obviamente que estou
preocupado não só pelo jogo de hoje como também com o que temos pela frente.
Nós tivemos somente três treinos. É muito pouco. Agora temos uma semana longa
até o próximo jogo, domingo, em casa. Temos que nos preparar, trabalha muito e
tentar ganhar o próximo jogo. Essa é a ideia que temos que transmitir a todos.
Time está comprometido?
– Eu acho
que sim (estão comprometidos). Ainda é muito cedo para tirar conclusões. Temos
muito jogos pela frente. Como eu falei, nós tivemos somente três treinos. Quero
esperar um pouco para ver o que vai acontecer. Acredito que tudo é possível.
Temos que transmitir confiança e calma. Eu sei que é um período de nervosismo.
Não é normal que o Santos tenha essa sequência longa de falta de vitórias. Mas
temos que assumir a responsabilidade daqui para frente e começar a melhorar.
Temos que conseguir vitórias porque temos jogos muito difíceis na frente. Temos
que recuperar a confiança e transmitir as nossas ideias. Posso falar com mais
certeza quando passar três ou quatro jogos. Ter conclusões mais certeiras.
Conta com Marcos Leonardo?
– A situação
do Marcos Leonardo, eu acho que ele vai estar nos próximos dias para ajudar o
time. É o que eu imagino. Nós precisamos dele. Tomara que tenha um acordo entre
diretoria e jogador. Para nós é muito importante que ele volte e ajude o time
daqui até o final do ano.
Pressão aumenta pelo peso do Santos?
– Acredito
que sim. Times grandes, gigantes como o Santos, que não está acostumado a
brigar para não cair, no fundo da tabela, é uma pressão extra. Sem dúvida
porque não está acostumado. Está acostumado a brigar lá em cima. Mas isso não
tem que ser desculpa. Temos que trabalhar muito, nos preparar e ganhar o próximo
jogo. Aí começar a ver se conseguimos uma sequência positiva. Obviamente que
estou preocupado porque o time apresentou alguma coisa no primeiro tempo, mas
no segundo assim que tomamos o gol, o time caiu e não reagimos. Temos que
trabalhar.
Alternativas escolhidas para a
partida
– Tínhamos muitos desfalques para esse jogo. Então buscamos alternativas. Pela situação de Marcos Leonardo, entendemos que Furch era uma situação natural que ele fosse o centroavante. Nosso plano de jogo para hoje era, no primeiro tempo, segurar um pouco, não sofrer gols, melhorar defensivamente e tentar, com as mudanças, tentar ganhar o jogo no segundo tempo. A primeira parte funcionou bem. João Lucas trabalhou, fechou a subida do lateral do Fortaleza, foi um jogo controlado. Assim que fizemos a mudança, colocamos o Patati no lugar do João Lucas, tomamos o gol em um minuto. Aí mudou tudo. Às vezes você planeja coisas, imagina situações. O primeiro tempo foi tranquilo. Tudo mudou quando sofremos o gol. Buscamos alternativas porque faltavam jogadores importantes. Essa foi a ideia.