IBGE: desemprego cai para 7,9% no trimestre encerrado em julho
IBGE: desemprego cai para 7,9% no trimestre encerrado em julho
É o menor resultado para o período desde 2014.
Publicado em 31/08/2023 - 11:25 Por Bruno de Freitas Moura - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro
A taxa de
desocupação no trimestre encerrado em julho de 2023 ficou em 7,9%. É o menor
resultado para o período desde 2014, quando foi de 6,7%. O dado foi divulgado
nesta quinta-feira (31) pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
O resultado
aponta uma redução de 0,6 ponto percentual (p.p.) em relação ao trimestre
encerrado em abril (8,5%) e de 1,2 p.p. ante o mesmo período do ano passado
(9,1%).
“Esse recuo
ocorreu principalmente pela expansão do número de pessoas trabalhando”, explica
Adriana Beringuy, coordenadora da Pnad.
Alta na ocupação
O número de
pessoas ocupadas voltou a crescer após dois trimestres em queda, chegando a
99,3 milhões, um aumento de 1,3 milhão em relação ao período de fevereiro a
abril. Na comparação anual, o crescimento foi de 0,7% (mais 669 mil), o menor
dos últimos nove trimestres seguidos de alta.
“Após a pandemia, tivemos um período de recuperação da população ocupada onde registramos aumentos intensos disseminados pelas atividades. À medida que esse processo de recuperação se consolida, os acréscimos voltam a ser mais influenciados pelas características econômicas e sazonais de cada atividade. Com isso, na perspectiva anual, o crescimento passa a ser menos intenso”, analisa Beringuy.
A população
desocupada ficou em 8,5 milhões de pessoas, uma retração de 6,3% em relação ao
trimestre anterior e de 3,8% se comparada ao mesmo período de 2022.
Tipo de emprego
Na
comparação trimestral, destaca-se o crescimento do emprego sem carteira
assinada (4% ou mais 503 mil pessoas) que somou 13,2 milhões de pessoas. Já no
comparativo anual, chama atenção o contingente de empregados com carteira, que
cresceu 3,4% ou 1,2 milhão de pessoas, formando um universo de 37 milhões.
O número de
trabalhadores por conta própria (25,2 milhões) ficou estável ante o trimestre
anterior e caiu 2,5% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.
A Pnad
revela que a taxa de informalidade – que leva em consideração trabalhadores sem
carteira assinada em empresas e no serviço doméstico; e os que atuam por conta
própria, mas sem CNPJ – ficou em 39,1%, índice semelhante ao trimestre anterior
(38,9%).
Recuo na subutilização
A pesquisa
mostra também que a taxa de subutilização ficou em 17,8%, representando queda
de 3,1 p.p. no comparativo anual. São atualmente 20,3 milhões de pessoas
desocupadas ou que trabalham menos que o número de horas que gostariam.
A população
desalentada – pessoa que gostaria de trabalhar, mas desistiu de procurar
emprego por acreditar que não conseguiria – soma 3,7 milhões, estável ante o
trimestre anterior.
O rendimento
médio do brasileiro ficou em R$ 2.935, estável na comparação com o trimestre
anterior e crescimento de 5,1% em relação os trimestre encerrado em julho de
2022, já descontada a inflação do período.
Edição:
Maria Claudia