Vândalos estavam organizados para atos golpistas, diz policial militar
Vândalos estavam organizados para atos golpistas, diz policial militar
Marcela Pinno depôs nesta terça-feira na CPMI do 8 de Janeiro.
Publicado por Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil - Brasília
A cabo da
Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) Marcela da Silva Morais Pinno disse
nunca ter visto manifestação tão violenta e agressiva como a dos vândalos que
participaram dos atos golpistas do 8 de janeiro.
Em
depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), nesta terça-feira
(12), a soldado – que após quatro anos de serviço foi promovida a cabo por atos
de bravura após ter colaborado para a repressão aos atos golpistas do 8 de
janeiro – afirmou ter percebido que alguns dos vândalos atuavam de forma
organizada, insuflando os demais a avançarem contra os prédios públicos da
Praça dos Três Poderes.
Marcela
Pinno atuou na linha de frente no dia da invasão. Em meio à confusão, ela foi
jogada da cúpula do Congresso Nacional, de uma altura de aproximadamente três
metros, e agredida pelos manifestantes.
Na
sequência, disse que foi arrastada e alguns manifestantes tentaram roubar sua
arma. “Nunca vi uma manifestação tão agressiva. Foi muita violência”, disse a
policial, que teve seu capacete amassado após ter recebido um golpe com uma
barra de ferro na cabeça.
“Naquele momento,
vi que não eram manifestantes. Eram vândalos”, acrescentou.
Atuação orquestrada
Perguntada sobre se havia, ali, uma atuação orquestrada, a policial disse que, próximo a ela, “alguns estavam tentando fazer com que os outros avançassem”, e que “eles estavam organizados sim”.
Marcela
Pinno acrescentou que alguns deles usavam luvas e máscara de proteção contra
produtos químicos.
Em sua
participação, o deputado Rogério Correia (PT-MG) citou documento da Agência
Brasileira de Inteligência (Abin) que alertava sobre presença (no acampamento
em frente ao Quartel General de Brasília) de grupos com discursos de ruptura
constitucional formados por caçadores, atiradores e colecionadores (CACs) e
pelos chamados “boinas vermelhas” – grupo de extremistas que se identificam
como militares da reserva de brigadas de paraquedistas do Exército brasileiro.
Edição:
Maria Claudia