Biden questiona países da ONU quanto à guerra na Ucrânia
Biden questiona países da ONU quanto à guerra na Ucrânia
Presidente dos EUA é o único chefe de governo do grupo de membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU com direito a veto.
Por g1
Durante o
discurso do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, na Assembleia Geral da
ONU nesta terça-feira (19), o chefe de estado norte-americano questionou se os
países que assinaram a Carta das Nações Unidas se sentem seguros com a agressão
russa à Ucrânia.
“Se
permitirmos que a Ucrânia seja dividida, estará garantida a independência de
qualquer nação?”, disse.
“É por isso
que os Estados Unidos, juntamente com os nossos aliados e parceiros em todo o
mundo, continuarão a apoiar o corajoso povo da Ucrânia na defesa da sua
soberania e integridade territorial – e da sua liberdade”, completou.
Antes disso,
Biden utilizou boa parte do seu discurso para falar sobre a dependência mundial
dos países em relação aos combustíveis fósseis alertando que essa necessidade é
a matriz uma série de desastres naturais recentes.
“Desde
o primeiro dia da minha administração, os Estados Unidos trataram esta crise
como a ameaça existencial que representa, não apenas para nós, mas para toda a
humanidade”, diz Biden.
Ele acredita ainda que o mundo todo deve ajudar os países da África a ter mais conectividade e que uma parceria entre os países para transporte de alimentos poderia conceder mais segurança alimentar à população necessitada no continente.
“Nenhuma
nação pode enfrentar os desafios do mundo de hoje sozinha”, disse.
Biden foi o
único chefe de Estado dos membros do Conselho de Segurança da ONU com poder de
veto presente na Assembleia Geral neste ano.
O presidente
dos EUA irá se reunir separadamente com Lula posteriormente, nesta quarta-feira
(20). Conforme adiantado pelo Blog da Ana Flor, o foco principal do governo
brasileiro é negociar a migração dos investimentos verdes do governo
norte-americano.
Biden vive
um momento de turbulência em seu governo. Na última terça-feira (12) o
presidente da Câmara dos Estados Unidos, Kevin McCarthy, pediu para que fosse
aberto um inquérito de impeachment contra o presidente democrata.
Dois dias
depois, o filho de Joe Biden, Hunter, se tornou réu em um júri de Delaware por
portar ilegalmente uma arma de fogo enquanto era usuário de drogas. Ele teria
mentido ao preencher um formulário na compra de um revólver, numa época em que,
segundo admitiu, mais tarde, era viciado em drogas.
Apesar da
pressão, analistas acreditam que o impeachment não seguirá adiante, uma vez
que, se aprovado na Câmara, será barrado no Senado, pela maioria conquistada
pelo Partido Democrata.
Para Sandra Cohen, um potencial julgamento do filho de Biden ajudaria a desviar a atenção de Trump, que se prepara para enfrentar quatro em tribunais em Nova York, Washington, Flórida e Geórgia, paralelamente à corrida eleitoral.