Taxa de desemprego cai para 7,8% em agosto, revela IBGE
Taxa de desemprego cai para 7,8% em agosto, revela IBGE
É o menor índice desde fevereiro de 2015.
Publicado por Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro
A taxa de
desocupação (desemprego) ficou em 7,8% no trimestre encerrado em agosto deste
ano. Esse é o menor patamar do índice desde fevereiro de 2015 (7,5%). A taxa
mostra a proporção de pessoas que buscaram emprego e não conseguiram no período
em relação à força de trabalho, que é a soma de empregados e desempregados.
A taxa
recuou em relação tanto ao trimestre anterior – encerrado em maio deste ano
(8,3%) – quanto ao trimestre finalizado em agosto de 2022 (8,9%). Os dados da
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) foram divulgados
nesta sexta-feira (29), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE).
A população
desocupada chegou a 8,4 milhões, apresentando recuos de 5,9% (menos 528 mil
pessoas) em relação ao trimestre anterior e de 13,2% (menos 1,3 milhão de
pessoas) em relação ao ano anterior. Para o IBGE, esse é o menor contingente
desde junho de 2015 (8,5 milhões).
Já a
população ocupada (99,7 milhões) cresceu 1,3% no trimestre (mais 1,3 milhão de
pessoas) e 0,6% (mais 641 mil pessoas) no ano. O nível da ocupação, isto é, o
percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, ficou em
57%, acima do trimestre anterior (56,4%) e estável em relação ao ano passado.
O rendimento
real habitual foi calculado em R$ 2.947, apresentando estabilidade no trimestre
e crescimento de 4,6% no ano. A massa de rendimento real habitual (R$ 288,9
bilhões) foi recorde da série histórica, crescendo 2,4% frente ao trimestre
anterior e 5,5% na comparação anual.
Carteira assinada
O número de
empregados com carteira de trabalho no setor privado – sem considerar
trabalhadores domésticos – chegou a 37,25 milhões, o maior total desde
fevereiro de 2015 (37,29 milhões). Em relação ao trimestre anterior, a alta é
de 1,1% (mais 422 mil pessoas), enquanto na comparação com o ano anterior o
avanço é de 3,5% (mais 1,3 milhão) no ano.
O total de
empregados sem carteira no setor privado (13,2 milhões) também cresceu no
trimestre (2,1% ou mais 266 mil pessoas), mas ficou estável no ano.
O mesmo
aconteceu com os trabalhadores domésticos (5,9 milhões de pessoas), que
cresceram ante o trimestre anterior (2,8%). Houve estabilidade em relação ao
trimestre encerrado em agosto de 2022.
O número de
trabalhadores por conta própria (25,4 milhões de pessoas) ficou estável frente
ao trimestre anterior e caiu 2,0% no ano (menos 509 mil pessoas). Já o item
empregadores (4,2 milhões de pessoas) ficou estável nas duas comparações.
A taxa de
informalidade atingiu 39,1 % da população ocupada (ou 38,9 milhões de
trabalhadores informais), acima dos 38,9% no trimestre anterior, mas abaixo dos
39,7% no mesmo trimestre de 2022.
Subutilização
A população
subutilizada, isto é, que poderia trabalhar mais do que trabalha, ficou em 20,2
milhões de pessoas, quedas de 2,2% no trimestre e 15,5% no ano.
A população fora da força de trabalho, ou
seja, aqueles com mais de 14 anos que não trabalham nem procuram emprego, foi
de 66,8 milhões, uma queda de 0,5% ante o trimestre anterior (menos 347 mil
pessoas) e uma alta de 3,4% (mais 2,2 milhões) na comparação anual.
Já a
população desalentada, ou seja, aquela que gostaria de trabalhar, mas não
procurou emprego por vários motivos, representou 3,6 milhões de pessoas, uma
estabilidade em relação ao trimestre anterior e uma queda de 16,2% (menos 692
mil pessoas) na comparação com o ano passado. É o menor contingente desde
setembro de 2016 (3,5 milhões).
*Matéria
alterada às 10h02 para mudança de título
Edição:
Kleber Sampaio