Protestos pró-Evo Morales deixam 2 mortos e 11 policiais feridos na Bolívia
Protestos pró-Evo Morales deixam 2 mortos e 11 policiais feridos na Bolívia
Em dezembro de 2023, o Tribunal Constitucional impediu Evo de se candidatar novamente, com o argumento de que já cumpriu os dois mandatos permitidos pelo regulamento.
Por France Presse
Pelo menos 2
civis morreram e 11 policiais ficaram feridos no protesto que os apoiadores do
ex-presidente Evo Morales fizeram na segunda-feira (22) contra os juízes que
inabilitaram sua candidatura presidencial para 2025, segundo um relatório
oficial.
Evo Morales
foi presidente entre 2006 e 2019. No último ano, ele foi forçado a renunciar
devido a uma revolta social que denunciava supostas fraudes eleitorais para
obter um quarto mandato.
Em dezembro
de 2023, o Tribunal Constitucional impediu Evo de se candidatar novamente, com
o argumento de que já cumpriu os dois mandatos permitidos pelo regulamento.
O atual
presidente, Luis Arce, começou na política como um aliado de Evo, mas os dois
romperam e hoje são rivais.
Manifestações durante dias
Depois de
quatro dias de manifestações, o governo de Luis Arce – ex-aliado de Morales –
afirmou, nesta quinta-feira (25), que duas pessoas morreram quando ficaram
presas nos bloqueios de estradas realizados por cocaleiros (produtores de folha
de coca) e outras organizações de agricultores. Na quarta-feira, foi informada
a morte de uma mulher de 53 anos que tinha problemas de pressão arterial e não
conseguia viajar por via terrestre de La Paz a Santa Cruz.
Os 11
policiais que ficaram feridos por manifestantes foram atacaram com pedras e
explosivos em determinado momento do protesto no departamento de Potosí.
O coronel
Juan Amílcar Sotopeña, comandante regional da polícia afirmou que “a
federação de agricultores de Potosí, composta por aproximadamente 200 pessoas,
emboscou nossos policiais”.
Alguns dos
feridos foram levados para centros de saúde, mas nenhum deles em estado grave.
Nesta
quinta-feira, a Administradora de Rodovias registrou 22 pontos de bloqueio nas
estradas da Bolívia.