Análise: Santos começa a ganhar a cara de Carille e se vê confortável no Paulistão
Análise: Santos começa a ganhar a cara de Carille e se vê confortável no Paulistão
Peixe aposta no arroz com feijão, se mostra competitivo e tem um bom início de temporada. O futuro parece promissor ao clube da Vila Belmiro.
Por Yago Rudá — São Bernardo do Campo
São apenas
quatro rodadas no Campeonato Paulista e menos de um mês de temporada, mas já é
possível dizer que o elenco do Santos, aos poucos, vai ganhando corpo e a
identidade de seu treinador Fábio Carille. O time ainda está longe do ideal,
porém tem se mostrado altamente competitivo.
Depois de
três anos seguidos sem se classificar ao mata-mata do Paulistão, o Peixe pode
se dar ao luxo de se orgulhar pelo início de campanha em 2024.
Afinal, são
nove pontos ganhos em 12 possíveis, apenas uma derrota (justamente para o time
mais organizado de São Paulo nos últimos anos) e a liderança isolada do Grupo
B. Se mantiver o ritmo, a equipe não aguardará muito para encaminhar a vaga às
quartas de final.
O jogo
diante do Água Santa foi um retrato desse novo Santos que vai se desenhando.
Não houve um futebol de encher os olhos, mas houve organização defensiva e
competitividade a todo momento. No fim, em uma jogada de bola aérea – outra
especialidade dos trabalhos de Carille -, o Peixe levou a melhor com um gol de
Joaquim.
Pode não
parecer muito quando se analisa o resultado conquistado diante de um adversário
que joga a Série D do Brasileirão. Embora tenha sido protagonista no ano
passado, o Água Santa ainda busca afirmação no cenário nacional.
Contudo, a
competitividade, entrega e organização demonstradas em campo ajudam a
exemplificar as diferenças do Santos rebaixado em dezembro para a equipe que
vai se mostrando promissora.
Com o passar
das semanas, peças importantes como Cazares, Otero e Morelos – o atacante
colombiano ainda não estreou na temporada – devem ganhar mais minutos em campo,
entrosamento e deixar o Santos ainda mais competitivo. A tendência, claramente,
é de melhora.