Casas, templos, hospitais, escolas: IBGE mapeia 111 milhões de endereços no Brasil
Casas, templos, hospitais, escolas: IBGE mapeia 111 milhões de endereços no Brasil
Pela primeira vez, instituto divulgamtodas as coordenadas geográficas e os tipos de edificações dos endereços cadastrados durante a coleta dos dados do Censo 2022.
Por Gabriel Croquer, Marina Pinhoni, g1
Novos dados
do Censo 2022 divulgados nesta sexta-feira (2) pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) trazem, pela primeira vez, todas as coordenadas geográficas
e os tipos de edificações que compõem os 111 milhões de endereços do Brasil
cadastrados durante a realização da pesquisa.
A grande
maioria dos endereços é formada por domicílios particulares, ou seja, casas e
apartamentos. Em segundo lugar estão os estabelecimentos comerciais com
“outras finalidades”, como comércio, prédios culturais ou públicos.
Consulte sua cidade no mapa abaixo:
Principais tipos de endereço no
Brasil:
Domicílios
particulares (casas, apartamentos): 90,6 milhões
Estabelecimentos
de outras finalidades (lojas, prédios públicos e culturais): 11,7 milhões
Estabelecimentos
agropecuários: 4 milhões
Edificações
em construção: 3,5 milhões
Estabelecimentos
religiosos (igrejas e templos): 579,7 mil
Estabelecimento
de ensino (escolas, creches, universidades): 264,4 mil
Estabelecimento
de saúde (hospitais, clínicas, pronto socorro): 247,5 mil
Domicílios
coletivos (hotéis, presídios, pensões, asilos): 104,5 mil
Segundo o
IBGE, a maior precisão do levantamento pode ser uma ferramenta importante para
o planejamento urbano e para a criação de políticas públicas específicas.
É possível,
por exemplo, mapear domicílios impactados for fenômenos ambientais como enchentes,
deslizamentos, queimadas e secas. Ou fazer a contabilização de serviços
oferecidos à população de acordo com a densidade demográfica.
Outros dados do Censo 2022
As
informações do Censo 2022 começaram a ser divulgadas em junho de 2023. Desde
então, foi possível saber que:
– O Brasil
tem 203 milhões de habitantes, número menor do que era estimado pelas projeções
iniciais;
– O país
segue se tornando cada vez mais feminino e mais velho. A idade mediana do
brasileiro passou de 29 anos (em 2010) para 35 anos (em 2022). Isso significa
que metade da população tem até 35 anos, e a outra metade é mais velha que
isso. Há cerca de 104,5 milhões de mulheres, 51,5% do total de brasileiros;
– 1,3 milhão
de pessoas que se identificam como quilombolas (0,65% do total) – foi a
primeira vez na História em que o Censo incluiu em seus questionários perguntas
para identificar esse grupo;
– O número
de indígenas cresceu 89%, para 1,7 milhão, em relação ao Censo de 2010. Isso
pode ser explicado pela mudança no mapeamento e na metodologia da pesquisa para
os povos indígenas, que permitiu identificar mais pessoas;
Pela
primeira vez, os brasileiros se declararam mais pardos que brancos, e a
população preta cresceu.