Junqueirópolis: Júri popular condena ex-marido a 24 anos de prisão pelo assassinato da ex-esposa com um tiro na cabeça
Junqueirópolis: Júri popular condena ex-marido a 24 anos de prisão pelo assassinato da ex-esposa com um tiro na cabeça
Réu Rafael Pereira, de 39 anos, foi condenado por homicídio triplamente qualificado. Defesa apresentará recurso com o objetivo de diminuir a pena.
Por Carlos Volpi
O réu Rafael
Pereira, de 39 anos, foi condenado pelo Tribunal do Júri da Comarca de
Junqueirópolis (SP), ao cumprimento de 24 anos de reclusão, em regime inicial
fechado, por homicídio triplamente qualificado contra a ex-esposa, Edcarla
Carbone, com quem foi casado por 21 anos. Ela foi morta com um tiro na cabeça,
no dia 11 de fevereiro de 2022.
As
qualificadoras do crime foram:
motivo
fútil;
recurso que
dificultou a defesa da vítima; e
feminicídio.
Rafael está preso no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Caiuá (SP), onde já estava detido.
Outro lado
Os advogados
Thiago Nunes Morato e Alisson Oliveira de Sousa Cruz, que trabalham na defesa
do condenado, informaram que não pediram absolvição, “tendo em vista que o réu
era confesso”.
“Contudo,
almejamos a condenação com a retirada das qualificadoras de motivo fútil,
recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio. A defesa apresentará
recurso, almejando a diminuição da pena”, ressaltou.
Relembre o caso
O réu foi
preso preventivamente, após audiência de custódia, em 12 de fevereiro de 2022,
após atirar na ex-esposa, Edcarla Carbone, na época, com 44 anos. O crime
ocorreu no bairro Alto da Estação, em Junqueirópolis.
Na ocasião,
o homem estacionou o veículo em frente à casa da vítima, discutiu com ela, e
efetuou um único disparo. Segundo informações da Polícia Civil, a possível
motivação para o crime foi o homem não aceitar o fim do relacionamento, havia
cerca de um mês. O casal tinha três filhos.
O rapaz
possuía registro de Caçador, Atirador e Colecionador (CAC), mas o revólver de
calibre 22 usado no crime não estava legalizado, conforme a Polícia Civil.
Durante
buscas na casa do réu, no Jardim Brasilândia, em Dracena (SP), os policiais
apreenderam mais uma arma de fogo, bem como acessórios e munições de diversos
calibres.
A ação foi
uma continuidade dos trabalhos de Polícia Judiciária para complementar o
esclarecimento das circunstâncias e da motivação do crime.
Na vistoria
no imóvel, realizada com autorização de familiares do suspeito, a polícia
localizou 127 munições de calibre 40, 56 munições de calibre 380, 43 munições
de calibre 22, 2 munições de calibre 44, 2 munições de calibre 38, 1 munição de
calibre 9mm, 1 cartucho de calibre 28, 1 coldre de tecido, 1 carregador de
pistola calibre 9mm, além de um revólver aparentando ser de calibre 44; com marca
e numeração não aparentes.
Segundo
informou a polícia, os materiais estavam dentro de uma mochila disposta em uma
caixa plástica na garagem frontal do imóvel. Os objetos foram apresentados no
Plantão Policial e apreendidos para fins periciais.
Além do
feminicídio, a Polícia Civil informou, na época, que o homem poderia responder
também pelo crime de posse irregular de arma de fogo e acessórios devido à
localização dos materiais bélicos, que, em princípio, estavam sem a devida
autorização para a posse.