Isaquias Queiroz é prata na canoagem
Isaquias Queiroz é prata na canoagem
Brasileiro faz um sprint histórico no último quarto da prova.
Publicado por Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil - Brasília
O canoísta
Isaquias Queiroz conquistou a medalha de prata na categoria C1 1000 metros, nos
Jogos Olímpicos Paris 2024. Com o feito, ele conquista sua quinta medalha
olímpica, ficando atrás apenas da ginasta Rebeca Andrade, com seis medalhas.
Em uma
corrida emocionante, no Estádio Náutico de Vaires-sur-Marne, o canoísta
conseguiu sair da quinta posição, a mais de 2 segundos do líder, para chegar em
segundo lugar, atrás apenas de Martin Fuksa, da República Tcheca. O bronze
ficou com Serghei Tarnovschi, da Moldávia.
Para se ter
uma ideia do alto nível da prova, o tempo obtido pelo medalhista de ouro foi a
melhor marca olímpica de todos os tempos, com 3m43s16. Na modalidade não se usa
o termo “recorde” em função das diferentes condições náuticas de cada prova. O
brasileiro marcou 3m44s33; e Tarnovschi fechou a prova com o tempo de 3,44s68.
No início da
corrida, Isaquias ficou posicionado no segundo pelotão, disputando a quarta
posição, a cerca de 1 segundo do tcheco, que já despontava na liderança.
Isquias estava em quinto lugar quando a prova chegava na metade (500 metros).
Conforme o
esperado, foi a partir desse momento que o brasileiro começaria a se destacar.
No último quarto da prova (750m), já se percebia a recuperação do brasileiro,
que estava em quarto, diminuindo a diferença para os líderes.
Isquias conseguiu tirar mais de 2 segundos de diferença nos últimos 250 metros, para fechar a prova em segundo. O alemão Sebastian Brendel, um dos favoritos para o ouro, cometeu erro estratégico, o que o deixou cansado ao final da prova, ficando com a última colocação.
Além da
prata obtida em Paris, o canoísta brasileiro já conquistou ouro no C1 1000m em
Tóquio 2020; prata no C1 1000m e no C2 500m na Rio 2016; e bronze no C1 200m,
também nos Jogos do Brasil.
Com o feito,
Isaquias se iguala, em número de medalhas olímpicas, a Robert Scheidt e Torben
Grael, todos com cinco medalhas. A ginasta Rebeca Andrade é a maior medalhista
brasileira, com seis medalhas.
Por ironia
do destino, Isaquias é natural de Ubaitaba (BA), termo tupi-guarani que
significa “cidade das canoas”, como bem lembrou o Comitê Olímpico do Brasil em
seu site, ao relatar o histórico do canoísta.
Edição:
Valéria Aguiar