Análise: maduro, Atlético-MG domina Vasco, larga bem por vaga, mas produz para vantagem maior
Análise: maduro, Atlético-MG domina Vasco, larga bem por vaga, mas produz para vantagem maior
Galo consegue virada e joga por empate por vaga na final da Copa do Brasil.
Por André Ribas — Belo Horizonte
O
Atlético-MG apresentou maturidade no seu 55º jogo do ano. Contra o Vasco, não
sentiu o cenário desfavorável, quando o adversário saiu na frente logo aos 13
minutos de partida na Arena MRV. Pelo contrário, mostrou tranquilidade para
virar a partida e sair em vantagem no primeiro duelo da semifinal da Copa do
Brasil. Mas com a sensação que poderia ter decido em casa, com um placar mais
seguro.
O técnico
Gabriel Milito surpreendeu na escalação. Escolheu Rubens para ser o substituto
de Bernard, lesionado. Já o volante Otávio retornou ao time, como já era
esperado.
A dinâmica
foi da seguinte forma: Rubens ocupou o corredor esquerdo, enquanto Arana
trabalhou por dentro, como um meia-atacante. A dobradinha funcionou e rendeu
frutos decisivos na partida.
Antes disso
acontecer, veio o susto. Um início de jogo travado, de duelos individuais, e
que o Vasco aproveitou de um contra-ataque bem armado para abrir o placar. No
lance, Scarpa perdeu a bola, Battaglia e Lyanco não conseguiram acompanhar a
marcação, Coutinho recebeu livre e, com toda a categoria, fez o gol.
O gol não mudou o ambiente da Arena MRV. E nem a postura do Atlético. Aos poucos, a equipe se instalou no campo de ataque e empurrou o Vasco para sua área. O Galo empilhou oportunidades. Na primeira, Arana finalizou para fora. Depois, Paulinho exigiu grande defesa de Léo Jardim. Lyanco também foi parado pelo goleiro.
Aos 37
minutos, tudo mudou e trouxe a dupla Paulinho e Hulk ao protagonismo do jogo,
lembrando as boas exibições do ano passado. Em tabela pelo meio, o camisa sete
acionou Arana pelo lado esquerdo. De primeira, ele acerta o ângulo do gol: 1 a
1.
O empate não
mudou a postura do Atlético. Trouxe confiança que poderia virar ainda no
primeiro tempo. E virou rapidamente. Em cruzamento de Arana, Paulinho fez a leitura
perfeita do lance, cabeceou forte e encerrou um jejum de sete partidas sem
marcar.
Em jogos
assim, o torcedor se acostumou a ver o Atlético correr menos riscos, recuar as
linhas e escolher bem suas jogadas. Mas, no segundo tempo, a postura seguiu a
mesma dos primeiros 45 minutos: posse de bola, volume ofensivo e chances para
fazer um placar ainda maior.
Sem a bola,
o Galo também controlava o Vasco. Não sofria com escapadas e nem com trocas intensas
de passes. A equipe de Milito tinha o jogo nas mãos.
No ataque,
criou oportunidades claras com Rubens, Hulk e Battaglia. Não fez. Faltou um
pouco de capricho no detalhe final.
O Atlético
deixou o campo com a sensação que poderia ter definido o duelo na Arena MRV.
Isso não ocorreu, mas o time garantiu uma vantagem importante para levar até
São Januário.