Moraes prorroga inquérito das fake news por mais seis meses; objetivo é investigar ‘gabinete do ódio’
Moraes prorroga inquérito das fake news por mais seis meses; objetivo é investigar 'gabinete do ódio'
Investigação foi iniciada em março de 2019 terminaria em janeiro de 2020, mas tem sido prorrogada desde então. Moraes determinou que mais 20 pessoas sejam ouvidas no caso.
Por Márcio Falcão, TV Globo — Brasília
O ministro
Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogou por mais 180
dias o inquérito das fake news, que apura a disseminação de conteúdo falso na
internet e ataques a ministros e instituições. A decisão foi divulgada nesta
segunda-feira (16).
Moraes
também determinou que mais 20 pessoas sejam ouvidas no inquérito.
O foco da
extensão é aprofundar as investigações sobre o chamado gabinete do ódio, que
teria atuado durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Com a
finalidade de finalizar as investigações sobre a comprovação da existência, o
financiamento e modus operandi do ‘Gabinete do Ódio’, bem como de todos os seus
participantes, o Inq 4781 foi prorrogado pelo Ministro Alexandre de Moraes por
180 dias, com a determinação de oitiva de mais 20 pessoas, a complementação da
análise das informações obtidas mediante a quebra de sigilo fiscal e bancário e
o término das diversas diligências em andamento na Polícia Federal”, diz a
decisão.
🔎A Polícia Federal já relatou ao
Supremo a existência de uma milícia digital que atua contra a democracia e as
instituições usou a estrutura do chamado “gabinete do ódio”.
O gabinete
seria formado por aliados do ex-presidente Bolsonaro e, segundo as
investigações, atuaria até mesmo dentro do Palácio do Planalto.
No relatório
final sobre a suposta tentativa de golpe para manter Bolsonaro no poder, a
Polícia Federal também cita que tal “gabinete do ódio” também teria
sido usado por investigados para propagar ataques sem provas ao sistema
eleitoral.
Inquérito
das fake news
O inquérito
das fake news foi aberto em 14 de março de 2019, com base no regimento interno
do STF. A iniciativa foi do então presidente do Supremo Dias Toffoli, que
designou a relatoria ao ministro Alexandre de Moraes.
Inicialmente,
o prazo das investigações estava previsto para terminar em janeiro de 2020. Porém,
o inquérito tem sido prorrogado desde então.