PRF diz que prendeu 49 pessoas por bloqueios em rodovias federais
PRF diz que prendeu 49 pessoas por bloqueios em rodovias federais
Ocorrências foram registradas entre 31 de outubro e 9 de novembro, data da última interdição; Segundo corporação, estado que mais registrou casos foi Santa Catarina, com 13 detidos.
Por Wellington Hanna e Iana Caramori, TV Globo e g1 DF 16/11/2022 09h37 Atualizado há uma hora
A Polícia
Rodoviária Federal (PRF) informou, nesta quarta-feira (16), que 49 pessoas
foram presas por bloqueios em rodovias federais, feitos por grupos contrários
ao resultado das eleições. As ocorrências foram registradas entre 31 de outubro
e 9 de novembro, data da última interdição.
Os atos
começaram ainda na noite de 30 de outubro, após o resultado do segundo turno. O
ápice ocorreu no dia 1º de novembro, quando foram pelo menos 460 bloqueios, em
22 estados e no Distrito Federal (veja detalhes abaixo).
De acordo
com a PRF, o estado que mais registrou prisões foi Santa Catarina, com 13. Em
seguida, aparecem Mato Grosso do Sul e Espírito Santo, onde cinco pessoas foram
detidas. Confira o balanço completo:
Santa
Catarina: 13 prisões
Mato Grosso
do Sul: 5
Espírito
Santo: 5
Rio Grande
do Sul: 4
Minas
Gerais: 4
Pernambuco:
3
Goiás: 2
Maranhão: 2
Rondônia: 2
Paraná: 2
São Paulo: 2
Rio de
Janeiro: 2
Mato Grosso:
1
Roraima: 1
Rio Grande
do Norte: 1
No dia 31 de
outubro, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) confirmaram uma decisão
individual do ministro Alexandre de Moraes, que determinou à PRF e às polícias
militares dos estados o desbloqueio das rodovias. Os atos provocaram
transtornos em diversas regiões, com suspensão de venda de passagens de ônibus
interestaduais, desabastecimento de produtos e suspensão de serviços de saúde.
Investigação
Em meio à
situação, o Ministério Público Federal (MPF) pediu que a Polícia Federal (PF)
investigue possíveis crimes cometidos pelo diretor-geral da Polícia Rodoviária
Federal (PRF), Silvinei Vasques. Segundo o ofício, o inquérito deve apurar
blitz realizadas pela corporação durante o segundo turno das eleições e omissão
em relação aos bloqueios em rodovias.
O MPF diz
que, se comprovada omissão do diretor da PRF sobre o bloqueio nas vias
federais, o caso pode ser considerado prevaricação. Além disso, Silvinei
Vasques – que declarou apoio a Bolsonaro na eleição – pode responder por “crimes
praticados por invasores de rodovias”.
A
prevaricação está configurada quando o funcionário público retarda ou deixa de
praticar, indevidamente, ato de ofício, ou age contra regra expressa em lei,
“para satisfazer interesse ou sentimento pessoal”. A pena é de
detenção de três meses a um ano, e multa.
Nesta terça-feira (15), o MPF no Rio de Janeiro pediu o afastamento do diretor-geral da PRF por 90 dias e a condenação dele por improbidade administrativa. O MPF argumenta que Silvinei fez uso indevido do cargo para favorecer a candidatura à reeleição do presidente Jair Bolsonaro.