PRF diz que métodos de bloqueios antidemocráticos em SC lembram ‘terroristas’ e black blocs
PRF diz que métodos de bloqueios antidemocráticos em SC lembram 'terroristas' e black blocs
Grupo invadiu rodovias com bombas caseiras, rojões e barricadas com incêndios; Polícia descreveu ação como 'criminosa e violenta'. Uma pessoa foi presa.
Por Caroline Borges e Clarìssa Batìstela, g1 SC 21/11/2022 11h41 Atualizado há 49 minutos
A Polícia
Rodoviária Federal (PRF) de Santa Catarina disse que os envolvidos nos
bloqueios ilegais do fim de semana usaram métodos terroristas e que lembram
black blocs. Segundo a polícia, o grupo usou bombas caseiras com gasolina,
rojões e derramou óleo na pista. Uma pessoa foi presa.
As ações
começaram na noite de sexta-feira (18), quando homens encapuzados invadiram
estradas em uma ação que a PRF chamou de “criminosa e violenta”. De
forma coordenada, segundo a polícia, o grupo usou bombas caseiras com gasolina
e rojões para conter os motoristas. Depois, fizeram barreiras com pneus
incendiados e lixeiras. Segundo a polícia, o grupo era “extremamente
violento”.
“Em
quase todos os pontos, os métodos utilizados lembraram os de terroristas ou de
black blocs”: bombas caseiras feitas de garrafas com gasolina, rojões, óleo
derramado intencionalmente na pista, “miguelitos” (pregos usados para furar pneus),
pedras, além de barricadas com pneus queimados, latões de lixo, e troncos de
árvores cortados e jogados deliberadamente na pista”, disse a PRF em nota.
Movimento
black bloc
O movimento
black bloc surgiu na Europa nos anos 1980 e chegou às cidades brasileiras nos
protestos de 2013 contra o aumento da tarifa do transporte público. O grupo é
conhecido por andar encapuzado e promover ações violentas com uso de bombas e
depredação.
Segundo o
órgão em Santa Catarina, em vários pontos houve depredação do patrimônio
público, com a destituição de grades de proteção da rodovia.
Um homem de
37 anos chegou a ser preso durante uma das ações na cidade de Joinville. A
identidade dele não foi revelada.
Ele vai
responder por associação criminosa, exposição a perigo em outro meio de
transporte público, impedindo ou dificultando o funcionamento, destruir, inutilizar
ou deteriorar coisa alheia e desobedecer a ordem legal de funcionário público.
De acordo
com a polícia, apesar de o grupo ter feito os ataques encapuzado, há lideranças
identificadas. Deverão ser articuladas operações para prender os envolvidos.
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lideranças
Em 9 de novembro, o Ministério Público de Santa Catarina afirmou que ao menos 12 empresários e agentes públicos de Santa Catarina, entre eles um vereador, foram identificados por financiar e organizar os bloqueios ilegais em rodovias federais e estaduais durante atos antidemocráticos contra o resultado das eleições.