Expectativa de vida do brasileiro sobe de 76,8 para 77 anos
Expectativa de vida do brasileiro sobe de 76,8 para 77 anos
Expectativa aumentou 2 meses e 26 dias de 2020 para 2021; em 10 anos, os dados do IBGE mostram que a população brasileira ganhou 2,4 anos de vida a mais.
Por Daniel Silveira e Marta Cavallini, g1 25/11/2022 08h50 Atualizado há 2 horas
A
expectativa de vida dos brasileiros ao nascer era, em média, de 77 anos em
2021, apontam as estatísticas publicadas nesta sexta-feira (25) no Diário
Oficial da União pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na comparação com 2020, quando era de 76,8 anos, aumentou em 2 meses e 26 dias
a expectativa de vida no país.
Para a
população masculina, a esperança de vida ao nascer seria de 73,6 anos, e, para
as mulheres, de 80,5 anos, em 2021.
Em 10 anos,
a população brasileira ganhou 2,4 anos de vida a mais, segundo os dados do
IBGE.
A estimativa
vem crescendo desde 1940. Naquele ano, a expectativa de vida do brasileiro ao
nascer era de apenas 45,5 anos, ou seja, os brasileiros hoje vivem, em média,
31,5 anos a mais do que em meados do século passado.
O aumento da
expectativa de vida ao nascer está diretamente relacionado com a queda da
probabilidade de um recém-nascido não completar o primeiro ano de vida, que,
entre 2020 e 2021, passou de 11,5 para 11,2 a cada mil nascimentos.
A
expectativa de 77 anos de vida é para quem nasceu no Brasil em 2021. Isso não
significa que ao completar essa idade o brasileiro já esteja fadado à morte. A
projeção feita pelo IBGE aponta apenas que a tendência média da população é
atingir essa idade.
Para os
idosos que já tinham 77 anos completos em 2021, a expectativa era de viverem,
pelo menos, mais 11,4 anos, chegando, pelo menos, aos 88 anos de idade. Já para
quem tinha 30 anos completos, a expectativa era de mais 49,2 anos de vida,
alcançando, pelo menos, 79,2 anos de idade.
Entenda
os indicadores
As Tábuas
Completas de Mortalidade para o Brasil 2021 publicadas pelo IBGE fornecem os
indicadores de mortalidade que seriam esperados caso o país não tivesse passado
pela pandemia de Covid-19.
Assim, se o
Brasil não tivesse vivenciado uma crise de mortalidade em 2021, a expectativa
de vida ao nascer seria de 77 anos para o total da população, com um acréscimo
ao redor de 2 meses em relação ao valor estimado para o ano de 2020 (76,8
anos).
A publicação
das Tábuas de Mortalidade no Diário Oficial da União é feita pelo IBGE desde
1999, em cumprimento ao Decreto Presidencial nº 3.266, de 29 de novembro
daquele ano. Essas Tábuas de Mortalidade são calculadas a partir de projeções
populacionais, baseadas nos dados dos censos demográficos.
Essa
metodologia, adotada pelo instituto desde 1991, é recomendada pelos organismos
de cooperação internacional e reconhecida pelos usuários de nossos dados
demográficos, incluindo órgãos públicos das três esferas de governo e as
principais instituições acadêmicas do país.
Após a divulgação dos resultados de cada Censo Demográfico, o IBGE elabora novas tábuas de mortalidade projetadas. As últimas tábuas foram construídas e projetadas a partir dos dados de 2010, ano de realização da última operação censitária no Brasil.
Da mesma
forma, um novo conjunto de tábuas de mortalidade será elaborado após a
publicação dos resultados do Censo 2022, quando o IBGE terá uma estimativa mais
precisa da população exposta ao risco de falecer e dos óbitos observados na
última década.