A cada 4 horas uma mulher é vítima de violência no Brasil
A cada 4 horas uma mulher é vítima de violência no Brasil
Dados são da Rede de Observatórios da Segurança.
Publicado em 17/07/2023 - 13:10 Por Renato Ribeiro – Repórter da Rádio Nacional - Brasília
A cada 4
horas uma mulher é vítima de violência no Brasil. Em 2022, foram mais de 2.400
casos registrados, sendo que quase 500 foram feminicídios, ou seja, a cada dia
ao menos uma mulher morreu apenas por ser mulher. Os dados são da Rede de
Observatórios da Segurança.
Formas de
salvar as vidas e de acolher essas mulheres estão sendo debatidas nesta
segunda-feira (17) e terça-feira (18) no 1° Encontro Nacional das Casas da Mulher
Brasileira, em Brasília.
A Casa
presta atendimento humanizado e integrado às mulheres vítimas de violência. São
oferecidos, por exemplo, serviços de acolhimento e triagem; apoio psicossocial;
delegacia; acesso à Justiça, ao Ministério Público e à Defensoria Pública.
No encontro
são trocadas experiências sobre o trabalho realizado na Casa da Mulher e também
atualizadas as diretrizes e protocolos de atendimento.
“Para que
não tenhamos cada local com uma casa isolada, sozinha, nós precisamos ter uma
linha de atendimento, uma linha da qualidade, da efetividade do resultado,
enquanto uma política nacional que vai dar conta de respaldar a vida das
mulheres e garantir segurança no atendimento”, explicou a ministra das
Mulheres, Cida Gonçalves.
“Estamos falando de mulheres indígenas, negras, de periferia, quilombolas e ribeirinhas que estão em todos os lugares onde a violência também está muito presente. Então é muito importante essa adequação, esse olhar especial para essa diversidade. Não podemos mais pensar em uma casa com atendimento de forma padronizada”, disse a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara sobre a importância do acolhimento diferenciado.
O governo
federal anunciou em março a construção de 40 novas Casas da Mulher. Na Bahia,
serão quatro, com investimento de R$ 47 milhões, nas cidades de Feira de
Santana, Itabuna, Irecê e Salvador, com previsão de serem inauguradas em
outubro.
Já na
Paraíba, serão construídas outras duas, uma em João Pessoa e outra em Patos,
com investimentos de R$ 30 milhões.
As sete
unidades em funcionamento estão localizadas em Campo Grande, Curitiba,
Fortaleza, São Paulo, Boa Vista, São Luís e na cidade de Ceilândia, no Distrito
Federal.
Edição:
Fernando Fraga