Abel diz que foi difícil escalar Vitor Roque e elogia torcida do Palmeiras: “Deu energia extra”

O Palmeiras venceu o São Paulo por 1 a 0, no Allianz Parque, e avança à final do Paulista para decidir o título em duas finais contra o Corinthians. Satisfeito, o técnico Abel Ferreira mostrou tranquilidade, elogiou o desempenho do rival, admitiu dificuldade para escolher Vitor Roque como titular na estreia e agradeceu a torcida, que empurrou o time.

– A torcida quando quer, ajuda. Eu senti a força deles. Precisamos muito Dessa força, nos deu uma energia extra para buscar o sprint, mais um gás – disse o treinador.

Na escalação, fez apenas uma mudança para promover a estreia de Vitor Roque e como titular no lugar de Flaco López. Abel revelou ter tido uma conversa com o argentino antes de fazer a substituição e justificou a escolha não necessariamente por desempenho, mas por escolha tática.

– Foi difícil colocá-lo de titular, porque o Flaco estava bem, fez gol no último jogo. Era a primeira vez do Roque, mas na minha opinião esse jogo pedia mais a mobilidade do Roque e atacar profundidade do que o Flaco que tem dificuldade contra zagueiros como os do São Paulo. Ele sofreu o pênalti, deu um passe para o Facundo que poderia meter por cima do Rafael – analisou.

O Palmeiras fez 14 finalizações contra seis do São Paulo e garantiu o resultado em cobrança de pênalti, sofrido por Vitor Roque e convertido por Raphael Veiga. O lance virou motivo de polêmica, com reclamações dos jogadores do São Paulo, mas foi marcado diretamente no campo e com revisão do VAR, que não fez interferência sobre a decisão.

– Eu entendo e não queria dar exemplos do passado, porque acho que não é justo. Eu prefiro falar do jogo, é um toque claro, obstrução clara com a perna do Arboleda. Se é intensidade ou não, tem que falar com o árbitro, a decisão é dele – disse Abel.

– Mas não quero falar disso, tem que dar os parabéns ao São Paulo que fez um grande jogo com Lucas, Luciano, Oscar, que correram o campo todo. Não criaram muito, mas deram muito problema. Nosso gol nasce de uma pressão nossa, foi a iniciativa do atacante dar o gatilho. O São Paulo fez um belíssimo jogo na primeira parte e criou dificuldades. Eu prefiro valorizar o empenho das duas equipes e ganhou quem teve mais volume.