Acusada por morte do filho, Monique Medeiros volta à prisão
Acusada por morte do filho, Monique Medeiros volta à prisão
Determinação é do ministro do STF Gilmar Mendes.
Publicado em 06/07/2023 - 11:14 Por Cristina Indio do Brasil - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro
A professora
Monique Medeiros, acusada de participação na morte de seu filho, o menino Henry
Borel, no dia 8 de março, junto com o então namorado, o ex-vereador Jairo Souza
Santos Júnior, o Dr. Jairinho, voltou para a prisão no início da manhã desta
quinta-feira (6). Ela foi presa na casa da mãe, em Bangu, na zona oeste da
capital, por policiais da 16ª DP (Barra da Tijuca).
Monique foi
levada para a delegacia e permanecerá lá até seguir para o Instituto Médico Legal
onde fará exames de praxe para a entrada no sistema prisional. Depois, será
encaminhada ao presídio, em Benfica, para passar por audiência de custódia. De
lá deve voltar para o Instituto Penal Santo Expedito, em Bangu, onde estava
presa até ser liberada em decisão do ministro do Superior Tribunal de Justiça
(STJ) João Otávio de Noronha, em agosto do ano passado.
O retorno de
Monique à prisão foi determinado, na noite de quarta-feira (5), pelo ministro
do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes que acatou o parecer do
subprocurador da República Juliano Baiocchi, sugerindo a derrubada da liminar
do ministro João Otávio de Noronha que determinou a soltura de Monique.
Para Baiocchi, há riscos de a acusada atrapalhar as investigações. “Há elementos de comportamento da ré no curso da lide penal tendentes a turbar a instrução processual, pelo que de lei a preventiva da ré, devendo ser reformado o acórdão do STJ”, argumentou o subprocurador da República.
O parecer de
Baiocchi embasou o recurso de Leniel Borel de Almeida Júnior, pai de Henry,
para manter a prisão de Monique, que é ré por tortura e homicídio triplamente
qualificado do seu filho. Pelo mesmo crime responde o ex-vereador Dr. Jairinho.
A suspeita é
que a criança tenha sido agredida por Jairinho. O ex-vereador e Monique negam
as agressões ao menino. Na época, o casal contou que Henry se machucou ao cair
da cama onde dormia. O menino chegou a ser levado para o hospital na Barra da
Tijuca, mas não resistiu.
Defesa
Apesar de
dizer que recebeu com respeito a decisão do ministro, a defesa da professora
pretende recorrer. “A defesa informa que recebe a decisão do ministro com
respeito, destaca que apresentará esclarecimentos, pois foi pautada em um
descumprimento de medida cautelar inexistente”.
A defesa
contesta ainda o argumento de que a cliente usou ilegalmente as redes sociais,
uma vez que está impedida pela Justiça de acessar os seus perfis e ainda de
ameaçar testemunhas do caso. “Monique não utilizou as redes sociais quando
proibida, além de não ter ameaçado qualquer testemunha no momento da prisão
domiciliar. Estes fatos já foram esclarecidos há tempos, tratando-se de fake
news”, diz a nota da defesa.
Edição:
Fernando Fraga