Adamantina: Tamanduá-mirim é resgatado por policiais militares após ser flagrado por populares andando em avenida
Adamantina: Tamanduá-mirim é resgatado por policiais militares após ser flagrado por populares andando em avenida
Populares avistaram o animal por volta das 23h deste domingo (19) e acionaram a Polícia Militar.
Por Carlos Volpi
Na noite
deste domingo, (19), um tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla) foi resgatado após
ser flagrado andando pela Avenida Rio Branco, no Centro, em Adamantina-SP.
Segundo a
Polícia Militar, os policiais foram acionados por populares informando que
havia um animal silvestre solto na via.
No local, a
PM capturou o tamanduá e, posteriormente, realizou a soltura em seu habitat
natural.
Saiba
mais
O
tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla), ao contrário de outras espécies, ainda
é um mamífero preservado na fauna brasileira. Mas, pesa contra a sua manutenção
uma atividade cada vez mais frequente em seu habitat: a redução das florestas
em função das queimadas, o que geralmente elimina a sua principal fonte de
alimento: formigas, cupins e larvas.
Aliás, para
se alimentar, normalmente ele utiliza uma técnica bastante simples: vale-se de
suas fortes garras (quatro ao todo) para fazer buracos no cupinzeiro e, com a
língua pegajosa, captura os insetos, guiado, sobretudo, por um olfato
apuradíssimo, que compensa as fracas visão e audição.
Este animal é
também frequentemente ameaçado por outras ações do homem, direta ou
indiretamente, como os atropelamentos em rodovias próximas ao seu ambiente
natural e ao frequente ataque de cães domésticos.
O grande
problema é que, em função de seus baixos níveis metabólicos, o tamanduá-mirim
tem longos períodos de gestação e um número reduzido de crias, daí a
preocupação constante com o seu bem-estar.
Em função de
seus hábitos noturnos, dificilmente é visto de dia. São indivíduos
essencialmente solitários, que só encontram um par na época do acasalamento.
Tanto que de 350 a 400 hectares pode-se encontrar dois animais da mesma
espécie.
Como
característica física principal, ele possui cabeça, pernas e parte anterior do
dorso com uma coloração típica, amarelada. Já o restante do corpo é negro,
formando uma espécie de “colete”. O tamanduá-mirim peso até cinco
quilos e vive, aproximadamente, nove anos.