Agrishow anuncia mudança na cerimônia de abertura e espera igualar volume de negócios em 2024
Agrishow anuncia mudança na cerimônia de abertura e espera igualar volume de negócios em 2024
Organização confirmou que solenidade com autoridades será realizada no domingo (28), um dia antes do início oficial da feira.
Por Rodolfo Tiengo, g1 Ribeirão Preto e Franca
Os
organizadores da Agrishow anunciaram nesta quarta-feira (3) um formato inédito
na cerimônia de abertura de uma das maiores feiras de tecnologia agrícola do
mundo que acontece em Ribeirão Preto (SP).
Em sua 29ª
edição, a feira será aberta ao público de 29 de abril a 3 de maio, mas, pela
primeira vez em quase 30 anos, as autoridades e lideranças do setor
participarão de uma solenidade no domingo (28), em um evento fechado apenas
para imprensa e expositores.
De acordo
com o presidente da feira, João Carlos Marchesan, representantes do governo
federal, incluindo o presidente Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin, além
do governo de São Paulo, foram convidados, mas ainda não há confirmações
oficiais.
Segundo ele,
a cerimônia fechada tem o objetivo de garantir que os representantes das
empresas possam ter contato com as autoridades.
“Tomamos
essa iniciativa de fazer no domingo porque os expositores reclamavam que não
tinham a oportunidade de conversar com as autoridades, de estar presente no
dia, porque quando abre a feira todo mundo está dentro do seu estande
recebendo. A gente percebia que tumultuava muito a feira qualquer autoridade
que vem na feira na segunda-feira. A gente tinha quase que meio dia de feira
perdido”, afirmou Marchesan.
Com cerca de
800 marcas em exposição em uma área de 600 mil metros quadrados, a edição 2024
da Agrishow terá em torno de 100 expositores a mais com relação a 2023 e espera
200 mil visitantes, números que podem alavancar os negócios voltados para
máquinas e tecnologias agrícolas mesmo com baixa nos preços das commodities no
mercado internacional, questões climáticas desfavoráveis para as lavouras e
taxas de juros em patamares ainda elevados para quem precisa fazer
investimentos.
Além disso,
Marchesan citou, como fatores de estímulo, a expectativa de um anúncio de um
Plano Safra “vigoroso” que pode surpreender nos próximos meses, bem
como uma demanda por incorporação de cerca de 15 milhões de hectares para
ampliar a produção de alimentos no país e linhas de investimento oferecidas
pelos bancos.
Com isso, o
objetivo é pelo menos igualar o volume de negócios registrado em 2023, que foi
de R$ 13,2 bilhões.
“Não
podemos dizer que nós vamos superar ou vai ser menor. Nós só entendemos que
estamos com expectativa positiva. Nós entendemos que o ano passado foi
excelente e que pelo queremos fazer o mesmo número, muito embora com condições
adversas, mas esse é o nosso anseio”, diz.
O presidente
da feira também mencionou um encontro com representantes do governo federal,
incluindo o vice-presidente Geraldo Alckmin, e os ministros da Agricultura e do
Desenvolvimento Agrário, há cerca de duas semanas, em que foram apresentadas
demandas por linhas de crédito a juros reduzidos, sobretudo pelo Programa de
Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e
Colheitadeiras (Moderfrota) e Programa Nacional de Fortalecimento da
Agricultura Familiar (Pronaf).
“Não
temos discutido ideologia nem política, nós estamos discutindo como difundir e
divulgar nossa tecnologia, como levar isso para que o agricultor saiba o que
está ocorrendo e mostrar para eles a visão disso tudo e a necessidade de cada
vez mais se integrar. (…) 50% das máquinas agrícolas do Brasil hoje têm entre
10 e 15 anos de idade, são máquinas totalmente, não digo sucateadas, mas
defasadas ao longo do tempo e precisam ser renovadas. E o governo sabe
disso”, disse.